Agostinho Almeida é Fisioterapeuta e a esposa, Helena Lebreiro, enfermeira, mas a paixão de ambos pela agricultura levou-os a investirem na kiwicultura, pela inovação e desafio que a cultura lhes inspira.
Os primeiros passos nesta atividade remontam a 2008 e hoje dispõem de três pomares, a “Quinta de Arilhe”, pomar de kiwi hayward com área de 15000m2 (40 anos) que pertencia a um irmão, a “Quinta do Cuco” pomar de kiwi hayward com área de 15000m2 (15 anos), “Quinta da Fonte” pomar com 20000m2, metade com variedade de kiwi Arguta (6 anos) e metade com a variedade de kiwi amarelo plantado em 2022. Localizam-se todos em Arilhe – Vale, no concelho de Santa Maria da Feira.
Estas novidades em termos de variedades surgem com o objetivo de diversificar o portefólio, introduzir alguma inovação assim como forma de distribuir a mão de obra ao longo do ano.
Desde 2022 o filho José, formado em Engenharia Agronómica no Instituto Superior de Agronomia, juntou-se à dupla de empreendedores sendo o futuro responsável pela continuação e expansão deste projeto.
Enquanto produtores identificam algumas dificuldades e desafios nomeadamente o aumento das explorações por via do reforço da organização da produção e do desenvolvimento das estratégias de diferenciação do kiwi, mas também a modernização e inovação tecnológica com aumento da produtividade média dos pomares (35 ton/ha), entre outras.
Por outro lado, a excelente qualidade da produção, aliada a um aumento da valorização do fruto nos mercados externos, quer pela via promocional, quer pela via da diferenciação (produto de origem certificada), deixa antever uma evolução favorável no perfil das exportações.
A última campanha foi de excelente produção, tanto na quantidade como qualidade, com os pomares hayward a obterem uma média de 40 ton/ha. A produção é entregue na Kiwicoop que é responsável pela comercialização (ver edição de fevereiro – páginas 48 a 51).
Embora reconhecendo que existe sempre uma dificuldade na introdução de novos produtos no mercado, Agostinho Almeida acredita que as variedades comercializadas têm uma procura crescente no mercado.
Quanto ao futuro da fileira do kiwi a sua opinião é que é necessária mais ambição e ir mais longe, autodisciplinando a produção (caderno de campo, surpreender o mercado, diferenciar, diversificar e valorizar o produtor), mas sobretudo implementar políticas de forma a definir estratégias de marketing.
Do ponto de vista da produção e das operações em campo Agostinho Almeida e Helena Lebreiro trabalham em parceria com a Biocal através do distribuidor HiperRural (…).
→ Leia a reportagem completa na edição de fevereiro 2023 da Revista Voz do Campo.