Nas palavras do presidente da Kiwicoop, Nélio Marques, depreende-se um aumento da produção das variedades de kiwi verde, em resposta à grande aposta dos produtores num passado recente.
Enquanto organização de produtores a Kiwicoop tem estado atenta a esta situação e à evolução do mercado, cada vez mais exigente, por isso também apoiando a instalação de pomares das variedades de polpa amarela e vermelha, sendo nestas onde se tem verificado um crescimento em termos de área plantada e para as quais se prevê continuar a apostar. Contudo, importa ressalvar que a demora na aprovação dos projetos de financiamento tem sido um forte entrave à expansão da fileira a nível regional.
Com quantos produtores trabalha e qual o seu perfil?
Neste momento a Kiwicoop é uma Organização de produtores com 331 sócios, representativos de uma área total de 800 hectares. De referir que esta área ainda não se encontra totalmente instalada, encontrando-se alguns produtores a aguardar aprovação dos seus projetos. Em plena produção encontram-se apenas 450 hectares.
Relativamente ao perfil dos nossos associados podemos referir que temos produtores cuja atividade principal é a kiwicultura, contudo, cerca de 60% da nossa massa associativa tem a kiwicultura como segunda atividade. Por outro lado, sentimos que os produtores são mais exigentes na busca de informação, principalmente quem instalou pomares das novas variedade.
Como tem evoluído essa produção (métodos de produção, inovação, variedades ….)?
Nos últimos anos, a cultura da actinídea tem ganho grande expressão na zona de influência da Kiwicoop. Relativamente à produção, temos verificado um acréscimo gradual nas produções dado que todos os anos temos novos pomares a iniciar a produção (normalmente ao fim de 3 anos após a plantação o pomar começa a produzir), outros a entrar em plena produção (ao fim de 5 anos) e, por outro lado, os pomares com mais idade (em alguns caso com mais de 25 anos) encontram-se em decréscimo produtivo. Contudo, como as áreas que se encontram a iniciar a produção são grandes, em contraste com estas áreas dos pomares mais antigos, essa diminuição não é sentida (…).
- Leia a entrevista completa na edição de fevereiro 2023 da Revista Voz do Campo.