Pontos fortes e pontos fracos de uma produção agrícola não especializada numa única atividade foi o tema para mais uma conversa no âmbito do podcast levado a cabo pela consultora Espaço Visual.
Para este episódio o convidado foi o empresário Filipe Costa que foi contando a sua experiência enquanto respondeu às questões do CEO da Espaço Visual, José Martino.
A primeira questão colocada por José Martino a Filipe Costa foi precisamente: o que é que leva um kiwicultor em determinado momento da sua vida, a enveredar pela plantação de mirtilo como segunda atividade na sua exploração frutícola?
Oriundo de Santa Maria da Feira, Filipe Costa tem uma exploração de 26 hectares onde produz duas culturas: kiwis e mirtilos. Enveredou nesta atividade frutícola numa perspetiva de negócio. O investimento em mirtilo surgiu no seguimento da “onda” de novas plantações desta cultura (2012) e porque o empresário lhe viu potencial para criar alguma complementaridade em relação às operações culturais necessárias ao kiwi, que já produzia desde 2001. “Ambas as culturas estão a ter um trajeto um pouco semelhante, se bem que o kiwi hoje está muito bem organizado enquanto que o mirtilo ainda está a traçar o seu caminho em termos de variedades, organização….”, refere o produtor.
Já do ponto de vista da mão de obra as necessidades são muito diferentes e exemplifica com o kiwi, que necessita de um trabalhador a tempo inteiro para cada 4-5 hectares de exploração com garantia de todas as operações ao longo do ano, embora haja períodos em que são necessários mais trabalhadores, nomeadamente na colheita, enquanto que no mirtilo já é diferente (…).
→ Leia o artigo completo na edição de março 2023 da Revista Voz do Campo.