A Agricultura Biológica é um modo de produção que consiste num sistema integral de gestão da exploração agrícola e da produção de alimentos que tem em conta boas práticas ambientais, a biodiversidade, a preservação dos recursos naturais, para além de seguir normas rigorosas no que concerne ao bem-estar animal e ao modo de produção, sempre com base na segurança alimentar e na utilização de substâncias mais naturais.

Em termos históricos e globais, têm existido flutuações das áreas registadas, neste modo de produção. No estudo “The World of Organic Agriculture – Statistics and Emerging Trends 2017”, da autoria do Research Institute of Organic Agriculture (FiBL) e do IFOAM – Organics International, foram compilados dados de 179 países de forma a verificar-se a evolução da Agricultura Biológica a nível europeu e mundial.

De acordo com este documento, Portugal encontravase em 15.º lugar como país europeu com mais área em Agricultura Biológica (ou em 7.º se apenas se considerassem as culturas permanentes). Para além disto, Portugal foi o 9.º país europeu com o maior crescimento de área entre 2014 e 2015.

Por outro lado, apesar dos números da União Europeia estarem ainda distantes de 25% de área explorada em Agricultura Biológica, valor pretendido para 2030, estes demostram um crescimento, de 8,3 milhões de hectares em 2009 para 13,8 milhões de hectares em 2019, ou seja, um aumento de quase 66%.

No plano executado com o intuito da implementação da Agricultura Biológica no espaço da UE, o executivo comunitário incentivou os Estados-membros a promoverem programas nacionais que fomentem este tipo de modo de produção, como complemento aos planos estratégicos nacionais que serão realizados no âmbito da Política Agrícola Comum.

No Congresso de Agricultura Biológica, que teve lugar em Lisboa, em junho de 2021 foram apresentados os números, alguns ainda que provisórios, referentes a Portugal. Desta forma, em 2020 existiam 322 039 hectares em Agricultura Biológica, o que correspondia a 8,1% da superfície agrícola utilizada. Também em 2021 foram abertas novas candidaturas às Medidas Agroambientais nomeadamente no âmbito da ação 7.1 «Agricultura Biológica».

Com todas estas medidas e estratégias a nível global, espera-se que a área de Agricultura Biológica venha a aumentar em Portugal.

Na atualidade os agricultores têm à sua disposição inúmeras ferramentas que lhes permitem produzir em Agricultura Biológica com maior confiança e rendimento.

Neste sentido, é possível ter um bom nível de controlo de pragas e doenças, assim como é possível a realização de fertilizações de acordo com as necessidades das culturas e dos solos, que permitam obter uma boa produtividade.

Para além da Agricultura Biológica, existem ainda outras formas de produção que também têm o foco na segurança alimentar e na sustentabilidade ambiental, como é o caso da chamada agricultura de Resíduo Zero.

Fitolivos e o seu parceiro Arvensis possuem diversas soluções para a Agricultura Biológica

A aplicação de produtos que combatam doenças e pragas, bem como de produtos que suprimam as necessidades nutricionais e as carências existentes e que aumentem calibres e produções, são a complementação de uma estratégia equilibrada na Agricultura Biológica.

Substâncias de Base permitidas em Agricultura Biológica

  • EQUISTUN

EQUISTUN é uma substância básica preparada à base de Equisetum arvense L., conhecido também como cauda-de-cavalo, cavalinha, pinheirinha, entre outros (Nº CAS: 71011-23-9). Esta é uma planta perene pertencente à família equisetacea, que apresenta um caule rizomatoso e está distribuído pelo hemisfério norte. É uma planta rica em silício (10-25% MS) em forma de nanopartículas de silício (SiO2). Além disso, também é caracterizado pelo seu conteúdo em flavonóides, como são os ácidos hidroxicinámicos (ácido cafeico e ácidos fenólicos), compostos que possuem atividade antimicrobiana e antifúngica.

EQUISTUN fortalece os mecanismos de defesa da planta perante fungos patógenos. Graças ao silício, EQUISTUN aporta rigidez à parede vegetal, dificultando as infeções causadas por fungos. Além disso, graças ao cuidadoso processo de extração, EQUISTUN apresenta na sua composição química estirilpironas, que formam parte da composição química dos fungos, desencadeando na planta uma resposta defensiva através destes metabólitos (…).

→ Leia o artigo completo na edição de abril 2023 da Revista Voz do Campo.

Autora:
Rita Ganso
Fitolivos