O processo histórico da abordagem da diversidade da videira em Portugal foi diferente do observado noutros países. Iniciou-se em 1978 e foi uma abordagem planeada e focada na variabilidade intravarietal das castas, principalmente para convertê-la em valor, através da seleção, e realizada à escala nacional por uma rede informal de universidades, por mais de 100 técnicos de organismos do Ministério da Agricultura e por largas dezenas de empresas da vinha e do vinho.
Este aparelho foi reforçado em 2009 pela criação da Associação Portuguesa para a Diversidade da Videira (PORVID) e de um Pólo de Conservação da Diversidade da Videira, em Pegões (Figura 1). Nestes 45 anos foram criados métodos de seleção e conservação radicalmente novos e de elevada eficiência, fundados na teoria estatística aplicada à genética das características quantitativas (genética quantitativa). Estes métodos foram distinguidos pela Organização Internacional da Vinha e do Vinho mediante a respetiva adoção como “RESOLUTION OIV-VITI 564B-2019” para aplicação no mundo vitivinícola (…).
→ Leia o artigo completo na edição de abril 2023 da Revista Voz do Campo.
Elsa Gonçalves1,2, Antero Martins1,2
1LEAF—Linking Landscape, Environment, Agriculture and Food—Research Center, Associated Laboratory TERRA, Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa, Lisboa, Portugal; 2Associação Portuguesa para a Diversidade da Videira – PORVID, Lisboa, Portugal