A Anseme, a CAP e o CiB realizam na manhã do dia 7 de junho, na Feira Nacional de Agricultura, em Santarém, o colóquio “Da Semente ao Prato: Inovação e Sustentabilidade na Ajuda ao Agricultor”.
Neste evento, os oradores e os convidados da mesa redonda vão falar das Novas Técnicas Genómicas, das suas vantagens para o consumidor e do potencial destas ferramentas para fazer face a desafios como o Pacto Ecológico Europeu, as alterações climáticas e o crescimento mundial da população.
Organizado pela Anseme – Associação Nacional dos Produtores e Comerciantes de Sementes, pela CAP – Confederação dos Agricultores de Portugal, e pelo CiB – Centro de Informação de Biotecnologia, o colóquio “Da Semente ao Prato: Inovação e Sustentabilidade na Ajuda ao Agricultor” pretende trazer à discussão pública o tema das Novas Técnicas Genómicas (NTG), mostrando de forma clara em que consistem as NTG, que vantagens têm para o consumidor final (através da obtenção de alimentos com características desejáveis), e como podem constituir uma ferramenta crucial para responder aos desafios colocados pelas alterações climáticas, pelo crescimento global da população, pelo Pacto Ecológico Europeu, entre outros. Mas, acima de tudo, este evento pretende salientar a necessidade de a Comissão Europeia avançar com uma regulamentação própria e adequada, com base na ciência, para estas novas tecnologias.
A Comissão Europeia está a preparar uma proposta legislativa para as NTG, cuja apresentação está prevista para 5 de julho. Também por esta razão, o momento em que se realiza este colóquio não podia ser mais oportuno.
É também propósito deste evento clarificar o ponto de situação em termos de regulamentação, quer na Europa, quer nos Países Terceiros onde estas tecnologias são já uma realidade.
“A semente é uma maravilha da natureza pois é capaz de resistir ao tempo e às intempéries até encontrar o ambiente propício para germinar. Em condições ideais de temperatura, humidade e nutrientes, a semente começa a germinar e dá origem a uma nova planta, que cresce a partir dela, neste sentido as NTG podem ser usadas no melhoramento de sementes para produzir plantas mais resistentes a doenças, mais produtivas ou com características alimentares melhoradas”, afirma Pedro Dias, Presidente da Anseme.
Para Jorge Azevedo, da CAP, “as questões que se colocam hoje em dia é como podemos assegurar aos agricultores europeus as ferramentas mais evoluídas para enfrentar todos os desafios com que se confrontam e como poderão produzir mais alimentos, de uma forma cada vez mais sustentável, tendo sempre em atenção que sem sustentabilidade económica, não existe sustentabilidade social e ambiental. É neste quadro que a biotecnologia e, em particular as NTG, são instrumentos vitais para apoiar a inovação no setor da reprodução vegetal e no setor agrícola como um todo”.
O Presidente da Direção do CiB, Jorge Canhoto, considera que as Novas Técnicas Genómicas são uma “ferramenta crucial para o melhoramento de plantas e que só com a sua aplicação se podem atingir os ambiciosos objetivos das estratégias do Prado ao Prato e do Pacto Verde, bem como a mitigação dos efeitos das alterações ambientais, ao nível do aumento da temperatura global e do stresse hídrico que marcarão o futuro da agricultura em zonas mediterrânicas”.