A AgriNavais realizou, no passado dia 17 de maio, a segunda edição do Dia do Horticultor, em Navais, Póvoa de Varzim.

Este evento surge na sequência da celebração internacional do Dia do Horticultor a 17 de maio e da realização, em 2022, da primeira edição desta iniciativa pela empresa, uma experiência planeada em 5 meses e com o apoio de 11 empresas, e que tinha como único objetivo promover um dia em que o horticultor fosse o “centro das atenções”. Recorda Fátima Gonçalves, da AgriNavais, à nossa reportagem que nesse dia, em que choveu e o evento estava projetado para ser ao ar livre, passaram por lá mais de 100 visitantes. Daí, os objetivos para esta II edição serem mais desafiantes. O primeiro objetivo em termos de organização era duplicar a participação de empresas presentes e de visitantes: no primeiro caso passaram de 11 para 29 e no segundo contaram com mais de 300 visitantes. “Este objetivo tem uma justificação que é garantir a continuidade e crescimento do evento, e ao mesmo tempo, com este aumento, ampliar a informação quer em quantidade quer em qualidade, assim como a partilha de ideias entre os presentes de uma forma dinâmica e num ambiente de proximidade”, diz orgulhosa Fátima Gonçalves.

Este ano, o Dia do Horticultor foi dedicado ao tema “Como melhorar a posição do horticultor na cadeia alimentar nos novos cenários agrícolas?” com enfoque no Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) de Portugal para 2023-2027.

Segundo a AgriNavais, o programa incluiu uma tertúlia entre produtores locais e a Horpozim – Associação Empresarial Hortícola, uma sessão de apresentações de produto e/ou técnicas de gestão/produção bem como um concurso de produtos locais, neste caso o tomate redondo e uma palestra principal proferida pelo eurodeputado Álvaro Amaro. “Álvaro Amaro falou precisamente sobre a Nova PAC e o Pacto ecológico europeu em que abordou o uso sustentável dos pesticidas e Lei do Restauro da Natureza, em concreto a redução da utilização de pesticidas em 50%. Este é um tema muito relevante para os horticultores pois eles só podem melhorar a sua posição na cadeia alimentar se souberem aquilo com que podem contar em termos de produtos disponíveis e isso passa também pelo controlo de pragas e doenças que são tão comuns na horticultura”.

A horticultura é a matriz do negócio da AgriNavais, sendo o seu eixo principal de atividade

Estando inserida numa zona de forte exploração hortícola a AgriNavais especializou-se no acompanhamento e apoio da produção hortícola de forma a poder contribuir de forma decisiva para a qualidade dos produtos.

No que respeita à dinamização do setor, a AgriNavais tem tido um papel ativo através da formação e informação em primeira mão das novidades importantes para o setor, da introdução de produtos e tecnologias inovadoras e sustentáveis junto do produtor e da proximidade com acompanhamento técnico tentando identificar problemas de forma preventiva e solucionar problemas de forma eficaz sempre que detetados. Em termos de economia, o papel também é importante, pois a relação qualidade-preço começa na loja. “Temos a responsabilidade de proporcionar preços que permitam ao produtor ser competitivo em termos de qualidade. A nossa preocupação não é vender muito a qualquer preço para se produzir muito, mas sim vender qualidade para produzir qualidade. Um bom fertilizante ou um bom produto de nutrição vai gerar bons tomates, boas alfaces, etc e é essa qualidade que vai fazer com que o produto hortícola tenha saída no mercado e que vai permitir a continuidade do setor e, no caso do concelho da Póvoa de Varzim, o reconhecimento da nossa produção”, ressalva Fernando Ramos, gerente da AgriNavais (…).

→ Mais desenvolvimento na edição de junho 2023 da Revista Voz do Campo