Com o objetivo de debater as necessidades hídricas das culturas de frutos secos nas principais zonas de produção, a inovação e sustentabilidade do setor em Portugal, bem como as tendências nacionais e internacionais dos mercados deste setor, a Portugal Nuts – Associação de Promoção de Frutos Secos, levou a cabo o seu segundo Congresso no início de maio, em Beja, com 500 participantes.

Este ano, o evento incidiu na relação entre a água e os frutos secos, onde foram apresentados os resultados do estudo sobre as necessidades hídricas das culturas de frutos secos nas principais zonas de produção e contou com a participação de vários oradores divididos em três mesas redondas e profissionais do setor.

De acordo com Tiago Costa, presidente da Portugal Nuts, o estudo, desenvolvido em parceria com a Real Academia de Ingenería de Madrid (Espanha), demonstra que os frutos secos são, em Portugal, “uma cultura muito eficiente e que, com a tecnologia utilizada, acrescenta muito valor à utilização de um recurso escasso, como a água e em particular no Alentejo onde houve um grande investimento público na Barragem do Alqueva a fim de impulsionar a atividade económica da região e acrescentar valor a uma balança comercial positiva”. Um resultado que se deve, por um lado, à utilização de sistemas de rega gota-a-gota nas explorações e, por outro lado, à utilização de diferentes variedades com diferentes “comportamentos”. O dirigente da Associação afirma que “o caso do Alqueva é um bom exemplo daquilo que deveríamos fazer noutras regiões do país para resistir a períodos de seca prolongados, uma vez que a região demonstra que está preparada para resistir a três anos de seca seguidos e continuar a regar o volume que lhe está atribuído (…).

→ Mais desenvolvimento na edição de junho 2023 da Revista Voz do Campo