Resumo: Dada a elevada gama de fungicidas existente no mercado, incluindo o crescente número de biofungicidas e a complexidade dos seus modos de ação e características biológicas, pareceu-nos oportuno apresentar uma síntese atualizada dos fungicidas autorizados na proteção da rúcula-selvagem.Desta forma, pensamos contribuir para a seleção mais criteriosa dos fungicidas, minimizar o aparecimento de estirpes resistentes e preservar a eficácia dos produtos fitofarmacêuticos a utilizar na proteção da cultura.

1 – Introdução

Existem diversos fungicidas disponíveis no mercado nacional, para a proteção fitossanitária da rúcula-selvagem (Diplotaxis tenuifolia), autorizados com recurso a várias figuras do Regulamento (CE) N.º 1107/2009 de 21 de outubro de 2009. A rúcula selvagem é uma cultura menor e, por isso, grande parte das soluções autorizadas foram concedidas ao abrigo do artigo 51º (extensão das autorizações a utilizações menores). A descoberta de novas substâncias ativas, com base em bactérias e fungos antagonistas, designados por biofungicidas, veio também aumentar a diversidade de produtos atualmente disponíveis no mercado nacional e criar uma alternativa ao controlo químico convencional.

Neste trabalho apresentam-se os fungicidas autorizados para as diversas doenças desta cultura, divulgados na plataforma SIFITO (https://sifito.dgav.pt) e uma síntese das suas características biológicas, relacionadas com a sua eficácia direta (modo de ação bioquímico, atividade biológica e mobilidade na planta). De referir que muitos fungicidas são sistémicos e têm atividade curativa, mas a diminuta mobilidade dos fungicidas, mesmo os sistémicos, e a relativa e curta atividade curativa que possuem, mantêm a necessidade de uma estratégia preventiva de proteção das plantas, face às doenças.

O modo de ação (MoA) segue a classificação adotada pelo FRAC (Fungicide Resistance Action Committee), referem-se ainda aspetos relacionados com a resistência, limitações impostas e estratégias a adotar para uma gestão adequada da resistência de modo a preservar a eficácia dos produtos (…).

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Autoria

Assunção Prates
DGAV – Quinta do Marquês | 2780–155 Oeiras
assuncaoprates@dgav.pt

Bibliografia
DGAV. 2022. Sistema de Gestão das Autorizações de Produtos Fitofarmacêuticos (SIFITO). Finalidades
Autorizadas. https://sifito.dgav.pt/
EPPO. 2015. Resistance risk analysis. Standard for the efficacy evaluation of plant protection products
PP 1/213 (4). Bulletin OEPP/EPPO Bulletin (2015) 45 (3), 371–387
FRAC. 2022. Fungal control agents sorted by cross-resistance pattern and mode of action (including
coding for FRAC Groups on product labels). www.frac.info.

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