Entrevista a António Marreiros, Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve (DRAP Algarve)

Fale-nos um pouco do inquérito feito pela DRAP Algarve aos produtores biológicos da região?

A DRAP Algarve fez um inquérito a 50 produtores biológicos da região. Inquéritos com entrevistas presenciais que nos obrigou a grandes deslocações em praticamente todos os concelhos do Algarve.

A amostra representou 37% dos produtores biológicos do Algarve, o que é uma amostra bastante significativa, e tivemos resultados muito curiosos dos quais eu destacaria, por exemplo, um nível de formação base dos produtores bastante elevado, com curso e formação superior e com idade relativamente jovem, a maior parte deles com menos de 50 anos.

O que responderam os produtores?

Uma das questões que se colocou, foi se estavam satisfeitos com a atividade. Grande parte deles disseram estar satisfeitos. Mais de 50% queria aumentar a sua área, sendo que alguns restava-lhes manter porque não tinham espaço físico para alargar. Só 6% é que disseram querer diminuir a área. Quanto ao escoamento da produção, disseram que não tinham dificuldade, sendo mais de 80% produtores nacionais, quando pensávamos que haveria muito estrangeiros a produzir biológico no Algarve. Mais de 90% dizem que é preciso apostar em experimentação, apesar de na sua maioria se mostrarem muito satisfeitos com a atividade, vendo de uma forma risonha as perspetivas de futuro da agricultura biológica.

Sendo a região do Algarve o grande símbolo turístico do país, os produtos biológicos são mais procurados?

Temos uma população residente estrangeira significativa e são muitos frequentadores dos mercados/ lojas do setor. Também têm algum poder de compra e o desejável é que os produtos deste modo de produção consigam baixar os preços para que todos os consumidores possam chegar até eles.

Mais desenvolvimento na edição de junho 2023.

 

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