“Criar (mais) valor na vinha e no vinho: os casos de um ecossistema competitivo” é o mais recente livro dos Professores José Ramalho Fontes, da AESE, e Fernando Bianchi de Aguiar, cujo lançamento foi realizado dia 5 de setembro, às 17h00, na Agroglobal, no Pavilhão do Vinho.
Publicada pela Editora Almedina, com a chancela Atual, a obra propõe um enquadramento institucional e empresarial relativamente ao período após a entrada de Portugal na União Europeia, incluindo, os valores económicos principais recolhidos pela PwC.
Os 16 casos de estudo apresentados incidem sobre 18 empresas de referência em Portugal e no mundo: a Aveleda, Bacalhôa, Granvinhos, Sogrape e Symington Family Estates (SFE), a Adega Cooperativa de Pegões, a Adega Cooperativa de Ponte de Lima, a Casa Ermelinda Freitas, a Casa Relvas e a Casa Santos Lima, as 5 empresas dos Douro Boys, a Lavradores de Feitoria e o Grupo Parras.
Em “Criar (mais) valor na vinha e no vinho”, os vários autores, especialistas nas diferentes áreas, expõem uma visão estratégica sobre a arquitetura do ecossistema do vinho, as suas implicações com a saúde, o enoturismo, uma visão sobre o mercado americano, assim como a sua relação com a criação de conhecimento e com o consumidor.
O livro termina com um olhar sobre o futuro propondo-se uma visão a 10 anos e apresentando as múltiplas vantagens da sua organização como um ecossistema dinâmico e competitivo.
A decisão de lançamento do livro na AGROGLOBAL 2023, coincide com o facto de se tratar de um evento com valor acrescentado para o setor agroindustrial português, destinado a todos os intervenientes e interessados no setor alimentar e no seu crescimento.
O que dizem os Especialistas sobre “Criar (mais) valor na vinha e no vinho: os casos de um ecossistema competitivo”
Para Yves Bénard, Senior Adviser Vins et Spiritueux e ex-Presidente da International Organisation of Vine and Wine (OIV), que participou na primeira sessão pública do projeto “CV3”, considera que “a publicação do livro “Criar mais valor na Vinha e no Vinho: Os casos de um ecossistema competitivo”, é um grande contributo para incentivar os dirigentes das vossas empresas a debater as soluções e iniciativas que melhor definem os caminhos a seguir para o progresso sustentável do ecossistema vitivinícola português no contexto da globalização. Este livro é uma grande iniciativa, esperando que ajude a indústria vitivinícola portuguesa a continuar o seu desenvolvimento em benefício dos produtores e comerciantes.”
“Esta obra evidencia a evolução de paradigmas essenciais, nos planos industrial e agrícola, que têm configurado o sucesso inquestionável deste importante setor agroalimentar da economia nacional.” Bernardo Gouvêa, Presidente do Instituto da Vinha e do Vinho, I.P., considera que “muito há que fazer e, antes de fazer: pensar, analisar e estudar. Por esta razão tão fundamental, agradecemos aos seus autores (e aos atores, profissionais do setor do vinho que nele colaboraram) este importante contributo.”
“Desde que me lancei em 2016 na viticultura no Vale do Douro”, refere Carlos Tavares, CEO da Stellantis, “é óbvio para mim que o potencial da viticultura portuguesa é bem maior do que os números atuais nos mostram.
Alguns dos desafios que tem pela frente passam por um foco acrescido na Qualidade de produção, numa redução da fragmentação da produção de uvas, numa antecipação das modificações processuais num contexto de aquecimento global e, sobretudo, por um maior apoio à exportação nomeadamente no que diz respeito à notoriedade dos nossos vinhos (mais marketing!) e ao modelo de distribuição, que deve ser encurtado para absorver menos valor (ie, custo). Por outro, e como é habitual na Europa, teremos de fugir da tecnocracia e de outras burocracias para dedicarmos totalmente a nossa energia às atividades que criam valor! Trata-se provavelmente do maior desafio que temos pela frente, que consome recursos e reduz a agilidade necessária para nos movimentarmos em relação com os nossos concorrentes! É com imenso prazer que desejo a todos os produtores muita felicidade na liderança dos seus Projetos que a leitura deste livro possa potenciar (ou incentivar, ou fortalecer, ou acelerar, ou robustecer, valorizar…).
“Recomendo fortemente a leitura deste livro”, sugere Carlos Lacerda, Senior Vice-President e Diretor-Geral para a Europa do Sul da SAP, “uma vez que nos dá uma excelente perspetiva empresarial, alicerçada por credíveis estudos de caso, sobre o sector da vinha e do vinho.
O livro transmite-nos uma excelente visão contextual, caracterizando, nos diferentes capítulos, os problemas, decisões e resultados de alguns dos principais intervenientes no mercado nacional. Sistematiza bem os principais desafios e dá-nos uma perspetiva do futuro deste ecossistema.
“Felicito a AESE e os autores deste livro por tão importante e oportuna obra”, diz o Ex-Presidente da Direção da CAP e Presidente da Assembleia Geral da CAP, Eduardo de Oliveira e Sousa, já que “é um sólido contributo para a elevação do Mundo Rural”.
Sobre os autores:
José Ramalho Fontes
Nasceu no Porto em 1949. É licenciado em Engenharia Mecânica pela Universidade do Porto (1971), onde foi assistente de 1971–1974; é especialista em Engenharia e Gestão Industrial pela Ordem dos Engenheiros. ABD no programa de doutoramento em Filosofia da Ação, Universidade de Navarra. ABS/EFMD – Programa Internacional de Deans. Fundador da AESE Business School (1980) e membro da direção desde então; Dean de 2002 – 2014, e Presidente da AESE até à data. Foi o promotor dos programas executivos nas áreas da saúde e da agroindústria, assim como das atividades em Angola.
Professor na área de Operações, Tecnologia e Inovação, desde 1984, na AESE e noutras escolas como IESE, SBS, etc.
Escritor de várias dezenas de casos e vencedor do Prémio FAE/EDP, 2016. Desde 2019, desenvolve o projeto CV3, Criação de Valor na Vinha e no Vinho, uma iniciativa para o desenvolvimento da competitividade do ecossistema da vinha e do vinho, em parceria com universidades, associações profissionais e consultoras.
Fernando Bianchi de Aguiar
Nasceu no Porto em 1950. É licenciado em Agronomia pelo ISA (1974), doutorado em Engenharia Rural pela UTAD (1983) e agregado pelo ISA (2005). Professor associado da UTAD, onde lecionou 34 anos (1975–2009). Diretor do Desenvolvimento Agronómico da Unidade de Biocombustíveis da Galp Energia (2007–2015).
Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural (2002–2004), coordenador da candidatura do Alto Douro Vinhateiro a Património Mundial (1999–2001), presidente da direção do Instituto do Vinho do Porto (1991–1997), diretor executivo da ADVID (1983–1991), Presidente do OIV (1997–2000), presidente do
Conselho Técnico-Científico do CERVIM (2003 – 2009). Grã-Cruz da Ordem do Mérito. Officier de l’Ordre du Mérite Agricole. Senhor do Vinho pela Revista de Vinhos (2005).
