A sustentabilidade no setor agroalimentar tem sido foco de novas políticas, europeias e nacionais.

Da saúde e função do solo, à biodiversidade e à redução do impacto ambiental ao longo da cadeia de valor (do prado ao prato), são muitos os objetivos a atingir, ainda para mais num setor pressionado pelas alterações climáticas, pelos preços dos fatores de produção e pelo limitado poder de compra dos consumidores. Esta transição para sistemas mais baseados na natureza estabelece metas exigentes até 2030, como a redução em 50% do uso de pesticidas de síntese, a redução em 20% do uso de fertilizantes de síntese e o aumento para 25% da área agrícola em modo biológico. Pede-se aos produtores que melhorem os seus sistemas de produção, na expetativa desse investimento ser compensado por reduções de custos e de riscos, ou por melhores preços de venda.

É neste contexto de procura de respostas para os sistemas alimentares que é criada em 2019 o Food4Sustainability, associação sem fins lucrativos e laboratório colaborativo (CoLAB), título atribuído pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, com a missão de promover a sustentabilidade e a saúde e bem-estar através da economia circular, da agricultura sustentável, da valorização do capital natural, da promoção de uma alimentação saudável e do apoio a empreendedores e a empresas inovadoras no setor agroalimentar.

Tem sede em Idanha-a-Nova, um território outrora importante na produção agrícola e que tem vindo gradualmente a combater a desertificação e o abandono, fenómeno infelizmente comum a muitos territórios do interior, fazendo parte da primeira biorregião em Portugal, da rede de geoparques (Naturtejo), reserva da biosfera do Tejo Internacional e cidade criativa da música. Esta ligação começou em 2016, de uma colaboração entre uma aceleradora de empresas, BGI (building global innovators), com o município, da qual resultou um programa de aceleração de empresas em meio rural e um evento anual sobre sustentabilidade, que ocorre imediatamente após o Web Summit (i-Danha Food Lab).

Cresceu em pandemia, desenvolve projetos em todo o país e colabora com mais de 650 entidades de mais de 40 países. Pertence à principal rede europeia de inovação na alimentação, EIT Food, através da qual tem vindo a realizar desde 2021 atividades de formação e capacitação de produtores em Portugal. Tem uma equipa altamente qualificada e em crescimento, que prevê atingir 40 colaboradores este ano (…).

→ Leia o artigo completo na edição de agosto/setembro 2023: