Uma análise padrão do solo fornece uma multiplicidade de indicadores, cada um refletindo um componente do solo. A CTC é uma medida essencial para compreender o funcionamento do solo.

A CTC reflete a capacidade do solo para reter os elementos

A capacidade do solo para retenção de elementos é caracterizada pela sua Capacidade de Troca Catiónica (CTC). Dependendo do laboratório, a CTC é expressa em meq/100 g ou cmol/kg.

Se a CTC for elevada, significa que o solo é capaz de reter uma elevada quantidade de elementos minerais” – explica Robin Fischer, Engenheiro Agrónomo do Celesta-lab. “Pelo contrário, se for baixa, significa que o solo retém apenas pequenas quantidades de elementos minerais. Nesse caso, é preferível efetuar aplicações mais regulares de pequenas doses”. Assim, a CTC pode ser representada como a despensa iónica do solo, cuja capacidade depende das proporções de argila e de matéria orgânica. “Estes dois componentes do solo constituem o complexo argilo-húmico. Este complexo, com uma carga negativa, adsorve iões positivos”, explica Raphaël Martial, fundador da organização de formação Terreom. “ Assim, facilmente se compreende que quanto mais reduzido for o complexo argilo-húmico, mais fracionadas devem ser as aplicações de fertilizante.”

O cálcio e o magnésio atuam sobre a água e o ar do solo

Segundo William Albrecht, conhecido investigador americano e Presidente do Departamento de Solos da Universidade do Missouri nos anos 50, o equilíbrio correto entre os vários elementos principais do solo é o seguinte: 60 a 70% de Ca2+, 10 a 20% de Mg2+, 4% de K+ e 1,5% de Na+. Estas proporções, nomeadamente de cálcio e de magnésio, são a chave para uma circulação do ar e de retenção da água bem sucedidas e otimizadas (Fonte: F. Bucaille, Revitaliser les sols).

“Ao nível do solo, o magnésio tende a estabelecer ligações entre os elementos finos do solo e a reter água por adsorção. Quanto ao cálcio, estabiliza o complexo argilo-húmico e contribui para a plasticidade do solo, favorecendo uma boa circulação da água”, explica Raphaël Martial. O solo, devidamente equilibrado, apresenta, consequentemente, as relações ar/água ideais para a sua conservação.

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