A associação Portugal Nuts espera um aumento de 20% na produção de miolo de amêndoa este ano, embora a seca tenha afetado o rendimento. O diretor executivo da associação, António Saraiva, afirmou que a produção nacional poderá chegar a 20.000 toneladas, em comparação com a estimativa do Instituto Nacional de Estatística de 15.000 toneladas.

O aumento deve-se a novos pomares produtivos no sul do país e a um bom ano de produção no norte. No entanto, a seca afetou o crescimento das plantas, resultando em rendimentos menores. A zona do Alqueva, no Alentejo, reforçou as dotações de rega para compensar a seca, mas a produção não atingiu todo o seu potencial.

A Portugal Nuts está a discutir o aumento das dotações de rega com a EDIA e a administração pública para apoiar o setor de frutos secos. A associação Portugal Nuts, fundada em 2020, tem 54 associados e representa cerca de 15.000 hectares de amêndoas e cerca de 1.200 hectares de nozes, principalmente no sul do país e na Beira Interior.

A produção de miolo de âmendoa em Portugal é estimada em 20 000 toneladas este ano, e será a maior de sempre. Portugal poderá chegar ao TOP 5 dos produtores mundiais de amêndoa, quando os pomares jovens atingirem a maturidade. Estima-se que dentro de cinco anos a produção nacional atinja as 30.000 a 35.000 toneladas.

Atualmente Portugal é o 6º produtor mundial, após EUA, Austrália, Espanha, Turquia e Itália.

O balanço da campanha dos frutos secos foi realizado no passado dia 27 de outubro, em Borba, no distrito de Évora, numa organização conjunta da Portugal Nuts, do Centro Nacional de Competências de Frutos Secos e do Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional.

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