A The Summer Berry Company Portugal (TSBC) é um dos principais exportadores de pequenos frutos a operar em Portugal, com vendas superiores a 4000 toneladas/ano. A empresa produz morangos, amoras, mirtilos e, maioritariamente, framboesas ao longo dos doze meses do ano.

A TSBC destaca-se dos seus concorrentes pelo forte investimento em ESG, tendo a sustentabilidade social, económica e ambiental como pilares da sua operação. A gestão eficiente dos recursos hídricos desempenha aqui um papel de extrema importância, estando a empresa localizada no sudoeste alentejano, uma região fortemente afetada pela seca. Atualmente, o reservatório da barragem de Santa Clara, que abastece a região, está em níveis historicamente baixos, com os agricultores a sofrerem sérias restrições ao uso da água, o que provoca uma preocupante incerteza face ao futuro das explorações agrícolas na região.

A TSBC tem, por conseguinte, atuado em dois focos principais: a eficiência do uso de água e a captura e reutilização de água. O uso eficiente de água é um conceito difícil de definir, já que pode ser olhado e quantificado de várias formas: água usada por kg de fruta (L/kg), água usada por hectare de cultura (m3/ha), água usada por planta (L/planta). Cada um destes índices tem vantagens e desvantagens, e devem ser todos tidos em conta, no entanto, para efeitos deste artigo o uso da água será medido em m3/ha, uma vez que é a métrica usada hoje para estabelecer restrições aos agricultores.

O uso eficiente da água deve ser visto como um destino inalcançável, parte de um processo de constante melhoria, no qual definimos objetivos mais ambiciosos à medida que os anteriores vão sendo alcançados. Assim, o primeiro passo neste caminho é medir!

Só quando começamos a medir é que podemos saber como poderemos traçar o nosso caminho

Por exemplo, o estabelecimento de uma estação de drenagem, representativa no caso das culturas hidropónicas, a contagem diária das entradas nos sectores, e a contagem periódica dos hidrómetros são métodos alcançáveis a todos os agricultores que pretendam entender não só o comportamento das suas culturas, como também comparar ano após ano os seus consumos (…).

→ Leia o artigo completo na Revista Voz do Campo: edição de dezembro 2023