A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) é uma associação privada que congrega os interesses da produção de uvas e os do comércio de vinhos, com direito à Denominação de Origem (DO) Alentejo e Indicação Geográfica (IG) Alentejano. A região vitivinícola coincide com o território dos distritos de Portalegre, Évora e Beja que se estendem por 2,37 milhões de hectares onde cerca de 1900 viticultores cuidam de mais de 23.000 hectares de vinha que anualmente produzem 150 milhões de kg de uvas e originam 110 milhões de litros de vinho produzidos em 230 adegas. De acordo com Francisco Mateus, presidente da CVRA, a oferta de vinho com certificação da origem e dos standards de qualidade é de aproximadamente 88 milhões de litros por ano, dos quais 2/3 são vendidos no mercado doméstico e 1/3 na exportação para mais de 100 mercados internacionais.

“O Alentejo é pioneiro com a implementação, já em 2015, do Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo (PSVA) e, em 2020, com a criação de uma especificação técnica para a certificação de produção sustentável”, enaltece o presidente da CVRA. O PSVA funciona como código de boas práticas ajustado à realidade do Alentejo e a certificação – atribuída por organismos certificadores, que não a CVRA – é a “face” mais comercial e que, mediante auditoria, evidencia aos mercados o cumprimento dos critérios (mais de 170) estabelecidos para se reconhecer que a empresa tem uma produção sustentável.

A CVRA tem como atividades principais a proteção e defesa da D.O. Alentejo e I.G.

De acordo com os dados mais recentes, reportados ao final de 2023, a área de vinha é de 23.467 hectares, dos quais 72% incluídos na DO Alentejo (sub-regiões vinícolas de Borba; Redondo; Reguengos; Portalegre; Vidigueira; Évora; Moura e Granja-Amareleja) e 28% na IG Alentejano.

Mais de metade da área de vinha (54%) é explorada por membros do Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo (PSVA), que diariamente utilizam práticas sustentáveis na gestão da vinha. Francisco Mateus adianta que, entre 2016 e 2023 a vinha aumentou 12,8%, “posicionando o Alentejo como a segunda maior região vitivinícola de Portugal”.

As castas brancas mais importantes na região são a Antão Vaz (26%), Arinto (20%) e Roupeiro (15%). Em relação às castas tintas, salienta-se a Aragonez (23%), Alicante Bouschet (21%), Trincadeira (13%) e Syrah (12%) (…).

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