A PAM, organização de produtores com sede na Póvoa do Varzim, conta com uma produção dispersa por 28 concelhos e representa uma área produtiva de 50 hectares em estufa e 140 ao ar livre, sobretudo de culturas hortícolas e mais recentemente de mirtilos, framboesas e kiwi.

É objetivo da PAM escoar a produção dos associados, e de acordo com Sofia Fonseca, técnica de campo da OP, têm privilegiado as boas práticas agrícolas,  assentes na estratégia europeia do Prado ao Prato, com a redução do uso de pesticidas e privilegiando a “luta biológica através da introdução de auxiliares, da luta biotécnica através da confusão sexual, da luta genética com a escolha de variedades resistentes a determinados vírus, bactérias e fungos”.

“Sentimos algumas dificuldades, porque as alterações climáticas são um facto”

Apesar disso, a técnica de campo afirma que “sentem algumas dificuldades, porque as alterações climáticas são um facto. Os desafios passam também pela escassez de mão de obra, da redução de substâncias no mercado e na capacitação técnica de formar os agricultores a estes “novos fatores de produção”, as novas tecnologias como os drones (…) tudo isto são importantes para a tomada de decisão”. Para Sofia Fonseca a valorização da atividade agrícola tem de ser vista em dois prismas: o social e o económico. “A agricultura tem de ser vista como um atividade nobre e a cadeia da distribuição tem de perceber e valorizar o que vai pagar ao produtor. A agricultura é uma atividade económica que tem de ser rentável”, sintetiza.

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