A subida do preço do azeite tem afetado o quotidiano dos espanhóis, visto que é um alimento básico na gastronomia do país.
O governo espanhol planeia reduzir a taxa do imposto sobre o valor acrescentado (IVA) do azeite para zero a partir de julho, depois de os preços grossistas mais do que triplicarem devido a uma grave seca na região sul da Andaluzia, informou o Ministério das Finanças.
Os preços do azeite dispararam para níveis recordes no ano passado, depois de a colheita da azeitona ter caído devido a uma seca de dois anos na Andaluzia, a maior área produtora num país que normalmente fornece cerca de 40 por cento da produção mundial.
Os preços caíram um pouco este ano, mas ainda estão em torno dos máximos históricos.
“Esta medida visa proteger e incentivar o consumo de azeite, um produto saudável cujo preço se encareceu recentemente em consequência da seca, entre outros motivos”, afirmou o ministério em comunicado, acrescentando que a medida será aprovada na terça-feira e entrará em vigor em 1 de julho.
Escalada de preços afeta dieta dos espanhóis
A subida do preço do azeite tem afectado o quotidiano dos espanhóis, visto que é um alimento básico na gastronomia do país.
As garrafas de um litro de azeite virgem extra custavam 14,5 euros (equivalente a cerca de 15,77 dólares e 272 pesos) em alguns supermercados no final do ano passado, impulsionando o azeite para a categoria de produtos que os retalhistas equiparam com rótulos de segurança, juntamente com bebidas espirituosas, cosméticos e electrodomésticos.
No ano passado, o governo já tinha reduzido o IVA sobre o azeite dos 10 por cento originais para 5 por cento.
No entanto, as chuvas abundantes que caíram nas últimas semanas em toda Espanha são um bom presságio para a próxima época olivícola, e os responsáveis do sector esperam que os preços caiam no início do próximo ano, uma vez que a oferta deverá recuperar.
Além disso, o governo anunciou que o azeite será considerado um alimento básico, pelo que será aplicado um IVA reduzido de 4 por cento quando as condições de mercado normalizarem. No entanto, não especificou por quanto tempo permanecerá em zero por cento.
