Com a adoção e entrada em vigor do Regulamento (UE) 2021/1372 de 17 de agosto de 2021 foi permitida na União Europeia a utilização de proteínas animais transformadas provenientes de insetos de criação na alimentação de aves de capoeira e suínos.

Tais desenvolvimentos legais impulsionaram um estudo sobre a aceitação do mercado de proteínas de inseto de criação, tendo em conta a dependência das importações de matérias-primas proteicas para alimentação animal, tanto na União Europeia como em Portugal.

O estudo desenvolvido teve como objetivo perceber se os fabricantes nacionais de alimentos compostos utilizam e dependem de soja e seus coprodutos como principal fonte de proteína nos alimentos compostos para aves de capoeira e suínos, bem como entender em que fases de desenvolvimento das aves de capoeira e dos suínos é administrada a soja e seus derivados enquanto principal fonte proteica. Pretendia-se ainda com este estudo aferir qual a aceitabilidade dos fabricantes nacionais de alimentos compostos para animais em utilizar proteínas de inseto de criação em alimentos compostos para aves e suínos.

Os resultados deste estudo indicaram que 90.1% dos fabricantes nacionais de alimentos compostos para animais utilizam soja e seus derivados como principal fonte de proteína na formulação das dietas em espécies animais para as quais é possível utilizar insetos de criação.

Em aves de capoeira, as fases de desenvolvimento em que os inquiridos alegaram utilizar soja e seus derivados como principal fonte de proteína foram as galinhas poedeiras, os frangos de engorda e os pintos de carne em crescimento, respetivamente. Relativamente à utilização de soja e seus derivados como principal fonte de proteína nos alimentos compostos para suínos, as respostas dos fabricantes nacionais de alimentos compostos para animais recaíram respetivamente nos porcos de engorda, em leitões em iniciação e nos porcos em acabamento (…).

→ Leia o artigo completo na Revista Voz do Campo: edição de junho 2024

Tiago Magalhães, Técnico Superior da Divisão de Alimentação Animal, no âmbito da sua apresentação na Reunião Anual da IACA 2024
DGAV – Direção Geral de Alimentação e Veterinária