Os projetos Bananika, Espaço Utopia, Mainova, Paisagindo.bio, Quinta da Moscadinha e Quintinha d’aldeia, são as propostas que a Rede Nacional PAC (RNPAC) submeteu para a edição de 2024 dos Prémios de Inspiração Agrícola e Rural – ARIA 2024. Já na sua segunda edição, o tema geral para este ano é “Empowering young people”, que reflete as prioridades das Redes Nacionais para promover o empoderamento dos jovens.

Os Prémios de Inovação Agrícola e Rural (ARIA), promovidos pela EU CAP Network, tem o objetivo de reconhecer e incentivar a participação dos jovens na agricultura e no desenvolvimento das zonas rurais, através da distinção de projetos financiados pelos Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER) e/ou Fundo Europeu Agrícola de Garantia (FEAGA).

A submissão dos seis projetos resulta do trabalho colaborativo entre a Rede Nacional PAC, a equipa dos projetos e os pontos focais. Fique a saber mais sobre estes projetos e as respetivas categorias:

  • Agricultura inteligente e competitiva

Bananika, Ilha Terceira

“Bananas com final feliz!” Só na Ilha Terceira, estima-se que são desperdiçadas 100 toneladas/ano de bananas. Confrontados com esta problemática, dois jovens, um produtor e um estudante, criam a Bananika, uma sidra sustentável de banana, pensada com o objetivo de reduzir o desperdício, valorizando a banana não aproveitada. Desde o início do projeto já conseguiram salvar 3 toneladas de banana e produzem 14 000 garrafas/ano destinadas essencialmente ao consumo local e nacional.

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Quintinha d’Aldeia, Pernes

A Quintinha d’Aldeia nasce do sonho, da tradição e da força de uma família que deixa os seus trabalhos para iniciar um projeto que reaviva uma tradição familiar e tão portuguesa: a produção de enchidos. Reconhecidos pela capacidade de inovação, com produtos como o Cozido d’Aldeia, uma reinterpretação do típico Cozido à Portuguesa que, servido em dose individual, permite reduzir o desperdício alimentar ou Chouriço de Touro Bravo que promove a criação de Touro Bravo, característico e representativo da Lezíria, da biodiversidade e ecologia.

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  • Proteção do ambiente

Espaço Utopia, Póvoa de Lanhoso

Uma empresa da tecnologia, um projeto pioneiro e inovador, que combina um espaço de co-working e um viveiro de plantas aromáticas e medicinais em modo de produção biológico. A inovadora construção do edifício principal, recorreu ao uso materiais reutilizados e reciclados (2200 pneus usados, 11000 latas de refrigerantes, entre outros). Este projeto é focado na proteção do ambiente e no envolvimento com a comunidade, além das atividades com escolas e escuteiros, integram na sua equipa utentes da ASSIS Norte e um refugiado senegalense.

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  • Tecido socioeconómico das zonas rurais

Paisagindo.bio, Alandroal

Feito no Alentejo com vagar. Criada por um casal de arquitetos paisagistas que decide trocar a cidade pelo campo, na Paisagindo.bio o amor pelas plantas é combinado com a experiência botânica e o compromisso com a sustentabilidade, criando chás e especiarias biológicos da mais alta qualidade. Depois de alguns anos a exportar a sua produção a granel, decidem apostar no mercado nacional, utilizando uma estratégia de marketing muito própria, com designs e nomes muito apelativos. É a parceria com uma influencer digital que a marca é lançada, mas é a qualidade dos produtos que a faz prosperar.

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Quinta da Moscadinha, Camacha

Revitalizar a Camacha é a motivação por detrás deste projeto. A Quinta da Moscadinha, remete-nos para o passado, para a glória das inúmeras quintas madeirenses do séc. XIX e para os passeios de domingo em que todos iam beber sidra à Camacha. A combinação do alojamento turístico, com o restaurante tradicional e a fábrica de sidra artesanal, fazem com que este seja um projeto da e para a população da Camacha, não só pelos postos de trabalho criados, mas em particular por recuperar os pomares há muito abandonados que hoje são produtivos e fonte de rendimento. Motivos que levam à fixação da população a esta zona rural da Ilha da Madeira.

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  • Juventude rural

Mainova, Vimieiro

A Mainova é um projeto familiar, que nasce da vontade de dar continuidade a um legado. Liderado pela filha mais nova da família, com o apoio de uma equipa totalmente jovem que partilha a preocupação de manter os valores e fazê-lo com forte responsabilidade ambiental em todas as áreas de intervenção.

A Mainova produz vinho de uvas próprias, com certificado biológico, todas autóctones, com vinificação de intervenção mínima. Entrou no mercado em 2020 sendo já uma marca reconhecida pelas suas opções de eco-design e pela qualidade dos seus produtos, marcando presença a nível nacional e internacional.

Com a adega, a experiência autêntica e os produtos locais de alta qualidade, o projeto procura atrair turistas para a região, aumentando assim as receitas e a exposição da comunidade.

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Além destas categorias, os finalistas concorrem aos Prémios “Igualdade de Género” e “Voto do Público”.

Fonte: https://www.rederural.gov.pt