José Coutinho, professor da Escola Superior Agrária de Castelo Branco, na sua apresentação realizada recentemente durante a Jornada Técnica do Olival ao Azeite: “Caminhos para a Sustentabilidade”, começou por elencar as principais espécies de insetos que podem tornar-se praga no olival, tendo incidido nas duas mais importantes espécies de insetos que podem constituir problemas anualmente na cultura da oliveira – as pragas-chave: Traça-da-oliveira (Prays oleae) e Mosca-da-azeitona (Bactrocera oleae). A Cochonilha-negra (Saissetia oleae) também foi abordada especificamente como potencial praga em algumas situações ecológicas.

Para cada espécie realçada foi apresentada a identificação, biologia e ciclo de vida, danos e prejuízos causados, forma de monitorização, estimativa do risco e níveis económicos de ataque (NEA) e as estratégias de proteção – biológica, cultural, biotécnica e química – mais adequadas e possíveis para cada espécie. Para cada situação foram abordadas as potencialidades de cada meio de proteção.

A importância da aplicação dos princípios da proteção integrada – estimativa do risco, nível económico de ataque e escolha criteriosa dos meios de proteção – foi referida como base da proteção da cultura para a produção sustentável.

Os planos estratégicos da União Europeia com consequência na Política Agrícola Comum (PAC) 2023-2027 – Pacto Ecológico Europeu, Estratégia do Prado ao Prato e Estratégia da Biodiversidade – foram referidos como incentivos e desafios para a produção sustentável a integrar na prática agrícola. A este respeito foi feita uma referência às implicações na atividade agrícola da recente lei do restauro da natureza, aprovada pelo Parlamento Europeu.

Para finalizar tentou-se responder à questão: como podemos contribuir para uma produção mais sustentável e responder aos novos e velhos desafios ainda não concretizados:

Aplicação efetiva dos princípios da proteção integrada; integrar as medidas indiretas de proteção na prática corrente das explorações agrícolas – uso ótimo dos recursos naturais, adoção de práticas culturais sem impacto negativo no ecossistema e proteção e aumento dos antagonistas naturais.

Aumento da biodiversidade nas explorações agrícolas, pela implementação de infraestruturas ecológicas; aumento da biodiversidade nas explorações agrícolas pela conservação / aumento da biodiversidade existente e implementação de métodos de combate alternativos aos pesticidas (…).

→ Leia o artigo completo na Revista Voz do Campo: edição de agosto/setembro 2024 (especial Olival & Azeite)


 

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Disponível gravação das Jornadas Técnicas “Do Olival ao Azeite: Caminhos para a Sustentabilidade”