“Se há tema onde obviamente o mundo e todas as suas regiões, o país e todas as suas sub-regiões, hoje tem de ter na sua agenda como um dos temas fulcrais relativamente àquilo que é a nossa vivência, convivência, e obviamente modelos produtivos sempre numa abordagem, é seguramente a questão da água e o uso racional cada vez mais tecnológico (…) no sentido de termos sempre como perspetiva o combate ao desperdício e termos todos os sistemas de precisão do uso da água como também modelos.
Obviamente que não podemos deixar de continuar a investir (…).
É muito importante noutras abordagens pensarmos o que é um uso regulado, regulamentado, planeado da água, sobretudo, nas suas utilizações em termos de aproveitamentos hidroagrícolas.
O Fundão é talvez dos municípios em Portugal, que olhando para esse processo é extraordinariamente charneira, porque na nossa geolocalização, estamos no ponto quase de ligação entre aquilo que é a bacia hidrográfica do Tejo e a bacia hidrográfica do Douro (….) dito isto, assim, era absolutamente imprescindível que no Fundão tivéssemos mais, do que se calhar noutros locais, esta preocupação de um planeamento médio- longo prazo associado a esse recurso (…).
Queria sintetizar três aspetos muito importantes: No Aproveitamento Hidroagrícola da Cova da Beira – a questão da sua modernização, da sua qualificação – precisa de manutenção, nomeadamente, alguns dos seus canais principais (…) ou seja, a sua automatização, porque é um regadio que começou no século XX. São questões obrigatórias (…). Há neste momento projetos, candidaturas aprovadas para permitir essa modernização.
O segundo aspeto: A otimização dos recursos do sistema Malcata – a otimização do recurso água, relativamente às infraestruturas existentes.
O terceiro aspeto: O Aproveitamento a Sul da Gardunha (…) com processos inscritos no Plano Nacional de Regadios, em momentos distintos (…) o da Marateca pronto a lançar concurso, os outros ainda numa perspetiva ainda mais de planeamento. É estratégico para o país, é estratégico para a nossa região, para os municípios e muito estratégico, para não dizer, decisivo, para os nossos agricultores (…).
Nós estamos a lutar pelo nosso país e pelo uso da água, esse recurso tão relevante para o nosso futuro”.
Parte da intervenção de Paulo Fernandes, presidente do Município do Fundão, na sessão de abertura da Mesa Redonda: “A importância do Regadio no Contexto das Alterações Climáticas“, integrada na III Feira de Inovação Agrícola do Fundão 2024.
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