Os insetos nos alimentos compostos para animais: oportunidades de mercado e perspetivas de aceitação pelo consumidor.

Durante a Reunião Geral da Indústria da IACA, realizada no passado dia 8 de maio, coube a Bruna Filipa Faria, em representação da Universidade Católica, apresentar o tema “os insetos nos alimentos compostos para animais: oportunidades de mercado e perspetivas de aceitação pelo consumidor”. Em declarações à nossa reportagem, Bruna Filipa Faria, considera que os insetos são proteína de futuro, bem como as suas próprias frações. Aliás, para a responsável, há um grande potencial para o inseto ser uma nova ferramenta na bioindústria.

Com bases em evidências científicas, na sua apresentação falou numa linha do inseto como ingrediente para alimentação composta, sendo proteína ou de outra fração do inseto. A integração de insetos na alimentação humana também foi abordada por Bruna Faria. O estudo que serviu de base à sua apresentação também analisou a aceitação dos consumidores a, por exemplo, uma galinha que foi alimentada a insetos ou a peixe de aquacultura alimentado a insetos.

“Os insetos na alimentação composta entram aqui numa ótica de sustentabilidade”.

“Os insetos na alimentação composta entram aqui numa ótica de sustentabilidade. Por exemplo, no caso da alimentação de peixes em aquacultura, em que convencionalmente é usada a farinha de peixe, aqui a utilização do inseto é para mitigar o impacto das farinhas de peixe”, frisa Bruna Filipa Faria, argumentando ao mesmo tempo, “todos os estudos até à data mostram que a integração de insetos na alimentação composta para animais tem muito maior aceitação do que para consumo humano. O consumo de insetos para alimentação composta pode ser uma solução para integrar este setor que vem aqui promulgar uma sustentabilidade (…). Acredito que uma comunicação sobre os benefícios ecológicos da utilização de insetos na alimentação, bem como dos ganhos em sustentabilidade e saúde, pode mitigar a recusa dos insetos e eles podem vir a integrar a alimentação de compostos animais e até a indústria de cosmética.”

→ Leia este e outros artigos na reportagem completa da Reunião Geral da IACA na Revista Voz do Campo: edição de junho 2024