A Agrosustentável e a Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco (ESACB), com o apoio da Nutriprado e Olivum, levaram a cabo recentemente, a Jornada do “Olival ao Azeite: Caminhos para a Sustentabilidade”. O evento decorreu no auditório da ESACB.
Para Paulo Fernandez, diretor da ESACB, a Escola tem um profundo interesse em associar-se a eventos, como este, que promovam o desenvolvimento das ciências agrárias, recordando ao mesmo tempo que a Agrosustentável, foi fundada por diplomados da ESA. “A sustentabilidade e a questão da água são preocupações da Escola e devem ser o foco principal na área das ciências agrárias (…). Todos os setores das ciências agrárias são relevantes, e a olivicultura não é exceção. Precisamos de nos preocupar com a modernização do setor e com o uso de tecnologias avançadas”, afirmou.
O diretor da ESA destaca ainda o vasto trabalho realizado pela ESACB na área da olivicultura e produção de azeite. A instituição colabora ativamente com diversos profissionais do setor, desenvolvendo pesquisas aplicadas e oferecendo serviços especializados em azeites. “Temos um imenso trabalho na área de olivicultura e azeites. Colaboramos ativamente com todos os que trabalham nesta área. Desenvolvemos muita pesquisa aplicada e também prestamos serviços especializados na área dos azeites”, explicou o diretor. Um dos pilares da ESA é também a transferência de conhecimento para a comunidade. “A escola procura, junto da comunidade, transferir o conhecimento produzido internamente e, ao mesmo tempo, receber os problemas enfrentados pela comunidade para que se tornem objetos de estudo e análise pelos nossos investigadores”, sustenta Paulo Fernandez.
De acordo com Pedro Tereso, administrador da Agrosustentável, a Jornada foi criada com vista à partilha de conhecimento e novas técnicas, reunindo toda a fileira do setor: produtores, técnicos e investigadores.
“Há muitos desafios nas culturas, e no olival em particular. A ideia é perceber como podemos olhar de outra forma para a cultura”, afirmou Pedro Tereso quando questionado sobre a razão da organização da Jornada, argumentando ainda que “tendo em conta a estratégia do Prado ao Prato, com a redução de substâncias químicas, os produtores enfrentam muitos desafios”. Para além disso, o administrador da Agrosustentável sublinha que os desafios que a olivicultura enfrenta incluem também a gestão eficiente dos recursos, a adaptação às mudanças climáticas e a redução do uso de produtos químicos. “Temos de olhar de uma outra forma para as nossas culturas”, reiterou, destacando a necessidade de inovação e sustentabilidade. Os temas da iniciativa debruçaram-se sobre o olival como motor da (r)evolução agrícola do país; a manutenção e gestão do solo; as pragas e como a gestão da biodiversidade pode ajudar no seu controlo biológico; cobertos vegetais, entre outros. Saliente-se, que coube a Paulo Gomes, diretor da Revista Voz do Campo a moderação da Jornada.
→ Leia este e outros artigos na Revista Voz do Campo: edição de agosto/setembro 2024
Artigo relacionado:
Disponível gravação das Jornadas Técnicas “Do Olival ao Azeite: Caminhos para a Sustentabilidade”
