Segundo o Boletim de julho do JRC MARS, que faz a monitorização das culturas na Europa, as estimativas de produtividade para a maioria das culturas, incluindo a batata, sofreram uma ligeira revisão em baixa, mas continuam alinhadas com a média dos últimos cinco anos a nível da União Europeia. As condições climáticas adversas, como o calor e a seca no sudeste da Europa, e a humidade excessiva em várias zonas do oeste, foram os principais fatores que influenciaram essa revisão nas previsões.

Relativamente à batata em particular:

  1. Alemanha: As previsões indicam que o rendimento da batata ficará abaixo da média dos últimos cinco anos. No sul e no oeste da Alemanha, os campos excessivamente húmidos provocaram um aumento significativo da pressão de doenças, afetando especialmente esta cultura.
  2. Bélgica, Luxemburgo e Países Baixos: A continuação de temperaturas baixas e a persistência de condições húmidas agravaram ainda mais as expectativas de colheita, que se situam agora abaixo da média de cinco anos. A pressão de pragas e doenças também se manteve elevada nestes países.
  3. Espanha e Portugal: Apesar de alguns atrasos nas plantações no norte da Península Ibérica, as condições climatéricas para as culturas de verão foram, em geral, positivas. No caso das batatas, a irrigação está assegurada, graças aos reservatórios que se encheram com as chuvas da primavera.
  4. Grécia: A previsão de colheita de batata continua abaixo da média, e tal como em 2023, a área dedicada à cultura de batata permanece significativamente inferior à média de médio prazo. O prolongamento de períodos de calor extremo e a escassez de água também estão a ameaçar a formação e o crescimento dos tubérculos.
Fonte: Porbatata – Associação da Batata de Portugal