À margem do Dia Aberto no Polo de Inovação da Fataca, dedicado à produção de pequenos frutos e aos desafios impostos pelas alterações climáticas, que decorreu recentemente em Odemira (ver edição de Nov. 2024 páginas 93 a 96), Tiago Andrade, CEO do Grupo Hubel, em conversa com a Voz do Campo, explica que “a fileira dos frutos vermelhos é uma das fileiras em que trabalhamos com grande proximidade. Hoje, temos parcerias que vão desde um acompanhamento mais ocasional até parcerias em que gerimos a exploração por completo (…). Cada vez mais temos um portefólio de produtos biotecnológicos e a fileira dos frutos vermelhos é interessante para nós”.
A Hubel não se limita à venda de fatores de produção. O foco está na oferta de serviços acompanhados, que incluem o apoio técnico agronómico com base num conjunto de ensaios, de sondas, drones para análise de imagens, análises de seiva, e entre outros.
Questionado para se pronunciar sobre a questão da falta de água, o CEO da Hubel foi direto: “O país ficou parado. Os planos para fontes de água não foram renovados e, enquanto a agricultura e o turismo cresceram — o que é algo positivo — o país não acompanhou este desenvolvimento em termos de fontes de água. Além disso, as alterações climáticas são outro desafio, ou seja, nos últimos anos tivemos fenómenos numa redução forte de precipitação principalmente na zona do Sudoeste Alentejano e Algarve”.