No Recenseamento Geral Agrícola (RGA) de 2019, os pomares produtivos de alfarrobeira (Ceratonia siliqua L.; família Fabacea) no Algarve e no Alentejo ocupavam, respetivamente, as áreas de 14000 e 859 hectares, o que representa um aumento significativo das áreas em relação aos registos do RGA de 2009. O renovado interesse nesta cultura assenta em várias características ecológicas e agronómicas, das quais se salientam as seguintes:

1) adapta-se a solos pobres e com baixos teores de matéria orgânica;

2) produz com baixas necessidades hídricas, podendo ser cultivada em regime de sequeiro desde que as precipitações anuais sejam superiores a 500 mm; 3) tolera a incidência de pragas e/ou doenças que, sendo pouco significativa, não exige tratamentos fitossanitários.

Considerando estas particularidades, a alfarrobeira pode facilmente ser conduzida em Modo de Produção Biológico (MPB), devendo ser toda a fileira de produção devidamente certificada.

→ Leia o artigo completo na edição de janeiro 2023 da Revista Voz do Campo.

Autores:
Pedro José Correia e Maribela Pestana
MED – Instituto Mediterrâneo para a Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento & CHANGE – Instituto para as Alterações Globais e Sustentabilidade, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Edifício 8, Universidade do Algarve, Campus de Gambelas, 8005-139 Faro, Portugal.