Uma das preocupações centrais da ANIPLA é garantir que inovação e ciência são postas ao serviço de uma agricultura moderna

Em 2020 assinalou-se o Ano Internacional da Sanidade das Plantas, aproveitado para se falar sobre segurança alimentar. um tema complexo, num mundo cada vez mais globalizado. Este foi o mote para uma Grande Entrevista a Felisbela Torres Campos, Presidente da Direção da ANIPLA – Associação Nacional da Indústria para a Proteção das Plantas, onde abordámos também os projetos Smartfarm e Valorfito, a problemática da retirada de substâncias ativas do mercado e a posição da Associação em relação à Estratégia do Prado ao Prato, entre outros temas relevantes.

Felisbela Torres Campos, Presidente da Direção da ANIPLA

No final, Felisbela Campos assegura que uma das preocupações centrais da ANIPLA é garantir que inovação e ciência são postas ao serviço de uma agricultura moderna e, por isso, apostamos diariamente na desconstrução de mitos, na informação e sensibilização da população para o papel fundamental da ciência, assim como na formação anual de centenas de profissionais e em gerações futuras do setor.

Comecemos pelo Ano 2020, designado pela FAO como Ano Internacional da Sanidade das Plantas. Sendo público que há uma crescente preocupação com o reforço de práticas sustentáveis na proteção das culturas por parte da indústria fitofarmacêutica, qual tem sido a evolução?

O ano de 2020 convidou-nos a celebrar a Sanidade Vegetal e convocou-nos a conversar sobre segurança alimentar. Um ano dedicado ao diálogo sobre a importância da saúde das plantas, ao bem-estar humano e ambiental, celebrado num dos contextos mais imprevisíveis que alguma vez pudemos imaginar e que nos obrigou a (re)pensar o ambiente e a sustentabilidade ao mesmo tempo que garantimos uma produção de alimentos segura e acessível a todos.

Dedicar um ano à temática da sanidade vegetal foi trazer para o centro todas as entidades que compõem esta grande indústria alimentar e definir responsabilidades com que todos temos de estar comprometidos.

A verdade é que num mundo cada vez mais globalizado, com constantes e elevadas exportações e importações de alimentos e sistemas alimentares cada vez mais complexos, adensa-se a necessidade de uma cooperação nacional e internacional, intersectorial, cada vez mais afinada e que garanta a segurança dos alimentos. Consideramos que esse é um dos principais desafios e cujo balanço que fazemos, ano após ano, é muito positivo: dedicar um ano à temática da sanidade vegetal foi trazer para o centro todas as entidades que compõem esta grande indústria alimentar e definir responsabilidades com que todos temos de estar comprometidos.

Nunca o que comemos foi tão seguro como o que hoje chega à nossa mesa.

Falar de sanidade vegetal é falar do cuidado com a fauna e a flora, com os alimentos e com a saúde do ambiente, é falar de biodiversidade e preservação dos solos, num constante compromisso com a segurança alimentar. 2020 foi o ano dedicado à sanidade das plantas, numa consciencialização que tem de estar presente sempre e que é a prioridade, com um Pacto Ecológico que será o quadro e contexto de trabalho para todas as entidades envolvidas nesta missão de alimentar e proteger o planeta: Autoridades Oficiais, Indústria fitofarmacêutica e Sector Produtivo deverão estar permeáveis à mudança, à introdução de novas tecnologias e às (cada vez maiores) exigências fitossanitárias. A uma Nova Revolução Verde (…).

→ Leia a entrevista completa na edição de fevereiro de 2021

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