Notas introdutórias:

No contexto atual de alterações climáticas e de valorização de produtos de origem animal, a alimentação de ruminantes enfrenta desafios relacionados com a alteração das dietas de forma a tentar diminuir as emissões de gases com efeito de estufa ao mesmo tempo que se melhora a qualidade dos produtos de origem animal.

A emissão de metano entérico por ruminantes alimentados com forragens é altamente variável e depende da composição, ingestão e digestibilidade da forragem (Eugène et al., 2017).

Uma dieta baseada em forragens (principalmente as ricas em leguminosas) de alta qualidade e digestibilidade poderá contribuir para tornar a alimentação de ruminantes mais eficiente e ambientalmente mais sustentável. Além disso, em regiões com clima mediterrânico, a produção e conservação de forragem de qualidade é essencial para garantir uma alimentação equilibrada de ruminantes ao longo das diferentes fases do seu ciclo produtivo e reprodutivo.

Com o objetivo de contribuir para a adoção de itinerários técnicos de produção de forragens económica e ambientalmente mais corretos, no ano agrícola 2020/2021, o INIAV-Elvas e a ESA-Elvas (IP Portalegre) iniciaram a execução do projeto ISOmap Forragem – Tecnologias Normalizadas na Produção de Forragens. No âmbito desta iniciativa apoiada pelo programa “Alentejo 2020”, estão em demonstração técnicas de conservação do solo (nomeadamente a sementeira direta) e técnicas de agricultura de precisão na produção de misturas forrageiras anuais. Pretende-se, entre outros objetivos, calcular curvas de crescimento da erva e conhecer a evolução ao longo do ciclo produtivo do valor nutricional da biomassa produzida por três misturas forrageiras.

Metodologia

Entre 27 e 30 de outubro de 2020, nos campos experimentais do INIAV-Elvas, sob pivot, localizados na Herdade da Comenda (zona vulnerável de nitratos de origem agrícola/Decreto-Lei n.º 235/97 de 3 de setembro), instalaram-se três misturas forrageiras (5 ha de cada) desenhadas pela equipa do INIAV-Elvas (Quadro 1) recorrendo a sementeira direta (…).

Leia o artigo completo na → edição de janeiro 2022 da Revista Voz do Campo.

Autoria: Teresa Carita1, Nuno Simões1, João Paulo Carneiro1, Benvindo Maçãs1, Catarina Manuelito2, Luís Silva2, Noémia Farinha2, Rute Santos2 e Luís Alcino Conceição2
1) Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P. – Estação de Melhoramento de Plantas (INIAV-Elvas)
2) Instituto Politécnico de Portalegre – Escola Superior Agrária de Elvas (ESA-Elvas)

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