Entrevista a Maria de Fátima Veríssimo, secretária técnica da Raça.
Como tem vindo a ser feita a preservação da Raça e o que ainda falta fazer?
A Raça Bovina Limousine é uma raça de aptidão cárnica produzida em todo o mundo.Existe em Portugal, segundo dados oficiais, desde 1940 e tem vindo a ser feito um trabalho de melhoramento por parte do Livro Genealógico e da Associação de Criadores (ACL) detentora e gestora do mesmo, no sentido de obter animais bem adaptados às condições edafoclimáticas de Portugal e que vão de encontro ao que o mercado pretende.O trabalho do melhoramento tem de ser contínuo, de modo a tentar responder ao que o setor agropecuário e os consumidores pretendem, por um lado e por outro para garantir que quando se selecionam determinadas caraterísticas não se perdem outras anteriormente selecionadas. Atualmente os objetivos de seleção passam por tentar obter animais mais eficientes em termos produtivos, mais eficientes na conversão de alimento, mais sustentáveis, que representem por exemplo menores emissões de metano, entre outros.
Quais são as principais dificuldades na manutenção e reprodução do efetivo, sobretudo em termos de alimentação e sanidade animal?
As principais dificuldades na manutenção do efetivo prendem-se por um lado, com o elevado custo dos fatores de produção que se verificam nas explorações agropecuárias nacionais, bem patentes nos custos da alimentação dos bovinos. Também o facto da Raça Limousine ser uma raça não autóctone, que não tem os mesmos apoios que as raças autóctones, leva muitos criadores na hora de optar, a preterirem a raça Limousine em prol de outras que têm mais apoios financeiros (…).