Inimigos do tomateiro: pragas e doenças. Um contributo para a proteção da cultura em contexto de agricultura familiar

O presente artigo surge na sequência da comunicação “Inimigos do tomateiro – pragas e doenças” apresentada no evento “Tomate Coração de Boi do Douro – da Sementeira à Mesa”, dirigido sobretudo a agricultores produtores de tomate coração de boi na região do Douro.

Trata-se de agricultores que contribuem para mitigar a desertificação dos territórios do interior, valorizando e promovendo a produção local, através de circuitos curtos de comercialização e que procuram desenvolver uma atividade sustentável, através de sistemas de produção adequados ao efeito.

No Douro, o tomate coração de boi é produzido em cultura de ar livre. A praga-chave da cultura é, atualmente, a traça-do-tomateiro que, em Portugal, foi observada pela primeira vez em maio de 2009.

A importância dos ataques deste inseto deve-se quer à sua grande capacidade reprodutiva, ao ser capaz de desenvolver 9-10 gerações anuais, quer ao facto de possuir grande diversidade de hospedeiros alternativos, como a batateira, a beringela e plantas espontâneas como a erva-moira e a figueira-do-inferno. As lagartas da traça-do- -tomateiro penetram nas folhas, nos caules e nos frutos, onde se alimentam escavando galerias (Figura 1).

Os ataques originam perda do valor comercial dos frutos e da produção a par do enfraquecimento generalizado da planta (em resultado da diminuição da sua capacidade fotossintética), podendo mesmo causar-lhe a morte.

O aranhiço-amarelo é outra praga que pode provocar prejuízos significativos, sobretudo em zonas mais quentes (…).

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