Raça Ramo Grande

A raça Ramo Grande tem o seu solar de origem no arquipélago dos Açores sendo que está associada ao povoamento das ilhas e ao gado bovino que nessa altura foi trazido e que, ao longo de mais de cinco séculos, adquiriu características próprias derivadas do isolamento geográfico e do ambiente insular.

O processo de conservação da raça teve início na década de 90, através da Direção Regional da Agricultura da Secretaria Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural dos Açores.Esta raça foi utilizada, por longos anos, na sua tripla aptidão (carne, leite e trabalho) num sistema de agricultura praticamente de subsistência e cujas juntas de bois, utilizadas no transporte de carga e no trabalho das terras, sempre foram conhecidas pela sua enorme corpulência.

A consolidação da raça foi ganhando expressão através de várias ações

A partir daí, começou-se a consolidar a preservação da raça através de várias ações desenvolvidas, como sejam: o registo sistemático de genealogias e a recolha de sémen de touros para utilização em inseminação artificial. Teve também início, a atribuição de uma comparticipação financeira aos produtores desta raça autóctone no âmbito das medidas agroambientais da Política Agrícola Comum.Após uma fase inicial de crescimento do efetivo foram incrementadas novas ações como o controlo de performances dos animais jovens e a recolha de informação das características produtivas e reprodutivas, bem como foram desenvolvidos estudos sobre a estrutura populacional desta raça, quer por análise demográfica quer através da utilização de marcadores moleculares (ADN).

A avaliação genética tem sido efetuada regularmente, permitindo aos produtores da raça selecionar, de forma criteriosa, os bovinos que mais interessam

A avaliação genética dos reprodutores da raça (machos e fêmeas) teve início em 2015 resultado da colaboração técnico-científica protocolada entre a Direção Regional da Agricultura e a Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa (…).