O investimento da Fundação Eugénio de Almeida (FEA) na sua área agrícola, cerca de 6500 hectares, reparte-se por diversas culturas, como a vinha, olival, amendoal, cereais, o montado e a pecuária que se divide em bovinos de raça Charolesa, bovinos de raça Alentejana e ovinos de raça Merino Branco.

Francisco Moura e João Falcão, responsáveis técnicos da FEA, e que acompanharam a nossa reportagem na visita aos campos de trigo, milho e olival da Fundação, explicam que a retirada de substâncias ativas bem como a tendência da utilização de produtos resíduo zero face às exigências do mercado, levou com que a FEA procurasse outro tipo de soluções e implementasse outras estratégias. Foi nesta linha há sensivelmente um ano que a Asfertglobal, com os biofertilizantes e soluções de biocontrolo, entrou no dia a dia destas culturas (trigo, milho e olival), mas já lá vamos mais à frente.

Francisco Silva Marques, à esquerda e Francisco Moura, à direita

Francisco Moura, o técnico responsável pelas culturas de trigo e milho adiantou que nestas culturas se pratica um sistema de agricultura de conservação, inseridas numa rotação de culturas de regadio como forma de melhorar a estrutura do solo, diminuir a incidência de pragas e doenças e controlar infestantes. As forragens produzidas e os restolhos da produção cerealífera servem de alimentação aos efetivos pecuários da FEA.

“Acreditamos que o futuro da agricultura passa por este tipo de soluções de biofertilização”

Estamos a falar de 150 hectares de trigo mole onde este ano predominam duas variedades, Adágio e Valbona, que são produzidas em função do que a indústria recomenda e procura. Para o técnico o ano é particularmente difícil, com chuvas fortes e bastante concentradas no tempo numa fase inicial da cultura e uma primavera seca, quente e ventosa.

João Falcão, à esquerda e Francisco Silva Marques, à direita

“Iniciámos esta parceria com a Asfertglobal porque, de facto, acreditamos que o futuro da agricultura passa por este tipo de soluções de biofertilização, de forma a reduzir as unidades de fertilizantes adicionadas ao solo com o objetivo de produzir de forma ambientalmente sustentável e economicamente viável”, afirma Francisco Moura. Na cultura foi aplicado o produto Kiplant Inmass em parte da área para existir termo de comparação. À data da nossa reportagem e como a cultura ainda não foi colhida, este “ensaio” está a revelar-se bastante positivo. “Posso adiantar que em termos visuais a área onde foi aplicado o Kiplant Inmass manteve-se ao longo do ciclo mais homogénea, comprovado através de imagens NDVI, manteve-se mais saudável, com os sistemas radiculares mais desenvolvidos e, uma vez que está a chegar a fase final da cultura, evidencia-se também uma homogeneização do calibre do grão”. Já na cultura do milho o produto utilizado foi o Kiplant Allgrip (…).

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