O perímetro de rega de Alqueva que se encontra integrado no Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA) tem uma área beneficiada de cerca de 130.000 hectares, tendo iniciado a sua exploração de uma forma continuada em 2010.
Prevê-se que até 2025 esta área atinja os 150.000. Até ao início do século, de uma forma geral, os regadios públicos nacionais tinham taxas de aproveitamento reduzidas, entre os 40-60 %, tendo-se assistido desde aí a um inverter da situação.
Começaram-se a desenvolver projetos empresariais com um cariz altamente profissional
Com efeito, tendo o seu epicentro em Alqueva, mas estendendo-se ao resto do País, verificou-se uma alteração do paradigma existente. Assim, alicerçados, em muitas situações, em culturas permanentes, como sejam o olival e amendoal, começaram-se a desenvolver projetos empresariais com um cariz altamente profissional, os quais contribuíram para uma expansão da área de regadio nos perímetros existentes. Por outro lado, de uma forma geral, a disponibilidade de recursos hídricos, encontrava- -se alinhada com as necessidades das culturas, o que foi alterado na maior parte das situações em Portugal. Com efeito, assiste-se à combinação da ocorrência das alterações climáticas (com impacto nas disponibilidades e necessidades), ao aumento da área regada e à competição crescente entre os diversos setores utilizadores de recursos hídricos, que se traduz num desajustamento crescente entre a procura e a oferta.
A utilização de sistemas de monitorização e de avisos de rega tendencialmente tem levado a uma diminuição dos volumes de água a fornecer
Esta situação ocorre num momento em que a agricultura de regadio é crescentemente eficiente no uso dos recursos hídricos, assistindo-se a uma diminuição dos valores das dotações de rega (…).