Carolina Brasil, responsável pelo Programa de Sustentabilidade na Vinha em Portugal, revela a criação de um referencial nacional de sustentabilidade para o setor vitivinícola. Esse referencial, estabelecido em dezembro de 2022, foi apresentado nas 14 regiões vitivinícolas do país, e desde então muitos produtores têm demonstrado interesse em aderir e obter a certificação.
Segundo esta responsável, a iniciativa surge como resposta a uma necessidade premente do setor. Embora o referencial não seja obrigatório, constitui uma comprovação pública do cumprimento das práticas sustentáveis, conferindo um selo de certificação de sustentabilidade aos produtos vinícolas. O que antes era considerado uma vantagem competitiva, atualmente tornou-se uma garantia de acesso ao mercado, especialmente nos mercados internacionais, como os nórdicos, que não aceitam vinhos sem esta certificação.
Todos os produtores podem aceder ao referencial
“Temos vindo a informar os produtores acerca da necessidade de se moldarem ao Referencial e fazerem as alterações necessárias para assim poderem estar incluídos no Referencial e conseguirem preencher todos os requisitos de acesso ao selo de certificação”, explica Carolina Brasil. Portanto, todos os produtores, independentemente do volume produzido, são elegíveis para obter o Referencial, desde que tenham uma marca e estejam registados no Instituto da Vinha e do Vinho (IVV).
As auditorias necessárias para a certificação são conduzidas por entidades certificadoras reconhecidas, como a Certis, Kiwa Sativa, Agricert, Naturalfa, SGS Portugal, Apcer, Bureau Veritas e LRQA. Essas organizações atuam como garantia de que os produtores cumprem os requisitos estabelecidos no rReferencial de Sustentabilidade
Fortalecer a imagem e a competitividade do setor vinícola português no cenário global
Diga-se ainda que a criação do Referencial Nacional de Sustentabilidade no setor vitivinícola em Portugal reflete um movimento cada vez mais presente na indústria, onde a preocupação com a sustentabilidade e a adoção de práticas ambientalmente responsáveis têm-se tornado um requisito essencial para a conquista e a manutenção de mercados internacionais. O compromisso dos produtores com a sustentabilidade não apenas beneficia o meio ambiente, mas também fortalece a imagem e a competitividade do setor vinícola português no cenário global.
