A Rivulis é uma empresa do setor da rega agrícola, com ampla experiência no desenvolvimento, produção e implantação de produtos e soluções de rega localizada.
Fundada em 1966, tem hoje uma forte presença global, incluindo 22 fábricas, 3000 funcionários, 3 centros de I&D (Israel, Grécia e Califórnia) e vários centros de projeto.
A Rivulis tem início em 1966 como Plastro no Kibutz Gvat em Israel. A Rivulis cresceu ao longo dos anos tornando-se hoje líder global em rega, expandindo as suas gamas na rega localizada e gota a gota. Atualmente a Rivulis faz parte do grupo empresarial Temasek.
A visão da empresa é: Liderar a adoção massiva da rega localizada e gota a gota, a nível global, tornando-a mais acessível a todos os agricultores em todos os lugares, através de tecnologia simples, acessível e “inteligente” para um futuro mais sustentável para todos.
Face aos desafios do momento que vivemos e sobretudo tendo por base os valores da Rivulis e as necessidades levantadas por produtores, o convite da Agroglobal para apresentar algo de novo no setor da eficiência de rega, foi o mote para o ensaio da cultura do arroz utilizando fita de rega, nos terrenos destinados aos ensaios para o evento de 2023.
Indo ao encontro dos valores da Agroglobal, ao nível “da partilha dos conhecimentos e meios científicos e tecnológicos, em que as empresas colocam à disposição do setor agrícola”, a Rivulis abraçou desde logo este convite.
Contextualizando: a guerra há mais de 1 ano na Ucrânia veio expor a dependência da Europa e de Portugal em concreto, dos cereais oriundos maioritariamente dos países de Leste. Por este motivo, assistimos a uma escalada dos preços destas matérias-primas, seja para a alimentação humana, seja para alimentação animal. Para além deste fator vivemos mais um ano de seca hídrica. Sobretudo em Espanha foram muitos os produtores impedidos de realizar as suas culturas anuais.
Face a todos estes desafios, com o objetivo de produzir a cultura do arroz em terrenos “não convencionais para a cultura” e simultaneamente visando uma produção mais eficiente do ponto de vista hídrico, obtendo uma poupança de água face aos valores convencionais, os objetivos deste ensaio passaram por demonstrar que é possível e viável produzir arroz em terrenos não nivelados, com pendente e sem recurso a canteiros, com redução de custos em operações culturais e beneficiando da utilização de solos não utilizados unicamente para a cultura do arroz, quer ao nível do controlo de infestantes quer da eficiência de herbicidas, no controlo das mesmas.
O ensaio
O ensaio decorreu numa área de cerca de 2 hectares, tendo sido semeados 140 kg/ha de densidade da variedade PVL136IT (arroz do tipo agulha), no dia 22 de maio de 2023, por sementeira enterrada, em terreno previamente gradado, mas sem nivelamento do terreno, apresentando desníveis na ordem dos 2 metros. O solo é argiloso com uma textura fina, tendo sido usado anteriormente para a cultura do milho.
Foi utilizada a fita de rega T-Tape (508-20-500), ou seja, com o distanciamento de 20 cm entre gotejadores e débito de 1l/hora, sendo o espaçamento entre laterais de 0,75 m.
A adubação foi feita inicialmente de fundo com adubo granulado e em fertirrigação durante o ciclo, bem como uma aplicação foliar de bioestimulante.
A monitorização da água no solo e temperatura foi feita através de sondas capacitivas e o volume de água de rega, medido por caudalímetros.
Até ao momento, o arroz apresenta-se com um desenvolvimento muito homogéneo em termos de vegetativos, estando a iniciar a maturação.
Dada a inexistência de canteiros de arroz em produção convencional, não se conseguirá comparar o nível de poupança de água e produção obtida. Ainda assim, os valores obtidos, serão comparados com a média nacional e publicados, aquando do final do ensaio, estando a colheita prevista para a 1ª quinzena de outubro.
Este ensaio contou com a colaboração das várias empresas em parceria: MAGOS IS, BASF, ADP Fertilizantes e TERRAPRO.
Autoria:
Nuno Sanches – Key Account Manager
Rivulis – Cultivar mais além – «Grow Beyond»
