A conclusão que tiramos é que na parte de alimentação animal, aquilo que conseguimos reciclar numa economia circular é mais do dobro daquilo que é o objetivo da Comissão na parte do desperdício alimentar no setor humano.

Rui Gabriel, SPMA (Secção de pré-misturas e aditivos)

Muitas vezes a parte da alimentação animal é olhada como contributo negativo para a questão ambiental, mas é importante dizer que 70% do alimento industrial e cerca de mais de 80% do alimento em si para a alimentação animal, não compete com o setor da alimentação humana e são subprodutos que de outra forma seriam inutilizados, a única procura que têm é no setor da alimentação animal. 62 milhões de toneladas de subprodutos são reciclados na lógica da economia circular para alimentação, com valorização nutritiva para a alimentação animal que se assim não fosse, seriam destruídos com todos os impactos ambientais inerentes.

Comunicar aquilo que fazemos bem e apresentar estratégias nutricionais
Se nós compararmos o objetivo da Comissão que é reduzir em cerca de 50% deste valor, a conclusão que tiramos é que na parte de alimentação animal, aquilo que conseguimos reciclar numa economia circular é mais do dobro daquilo que é o objetivo da Comissão na parte do desperdício alimentar no setor humano. Portanto há um contributo muito positivo no setor da alimentação animal que muitas vezes é desconhecido do Público. Um dos objetivos que temos nesta reunião por um lado é comunicar aquilo que fazemos bem e, por outro lado, é também apresentar estratégias nutricionais que possam melhorar a sustentabilidade e que possam dar respostas positivas para conseguirmos atingir as metas que propomos de acordo com o Pacto Ecológico Europeu. Portanto queremos ser parte da solução, queremos demonstrar realmente o valor importante que temos para a sociedade.

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