A Campo Blue, Lda é uma empresa que nasceu de um projeto idealizado por quatro investidores e tem o objetivo de produção e comercialização de mirtilos. O projeto arrancou em 2017 e começou a ganhar forma no mesmo ano.
O estudo iniciou-se com a escolha do lugar perfeito para o desenvolvimento da atividade, tendo em conta as condições climatéricas e a janela de produção pretendida. Analisou-se o mercado, as variedades e os parceiros de modo que o projeto ganhasse forma com os objetivos de qualidade e rentabilidade no horizonte.
De modo a aliviar o investimento inicial sem encaixe financeiro formou-se um Grupo de empresas onde foi adquirida uma outra unidade de produção já em atividade, a Mirablues, Lda no concelho de Odemira. Sendo que são duas empresas paralelas, mas que fazem parte do mesmo Grupo de investidores. A Campo Blue, tem na atualidade dezoito hectares em produção num total de trinta hectares. A sua janela de produção é de maio a julho, com o pico de produção em junho. As variedades são maioritariamente Mid Chill sendo que estão em análise outras variedades. O campo está dividido em duas zonas, uma delas considerada a área produtiva e a outra “campo de testes”. O objetivo do “campo de testes” é tirar informações para a plantação seguinte, que se iniciará em 2024.
O total de área em produção do Grupo são cerca de quarenta hectares. Para fazer face à produção foi criada uma terceira empresa (BerryPack, Lda.), que tem como missão embalar a fruta produzida nas duas explorações, bem como laborar fruta de outros produtores quando não há produção dentro do Grupo.
Produção em solo
No tema em análise durante o 12º Encontro Nacional de Produtores de Mirtilo, que decorreu em Penalva do Castelo, fiz uma exposição da produção de mirtilos em solo no âmbito do nosso projeto.
Um projeto desta dimensão deve começar na análise criteriosa de todos os prós e contras do local de implantação da cultura, desde o solo ao clima, passando pela qualidade e disponibilidade de água, de mão de obra, acessibilidades, empresas de transporte, etc… Dado o elevado custo do investimento, é importante considerar também os imponderáveis sejam eles, climáticos, sociais ou de qualquer outra natureza. Uma vez que estamos a falar de campo aberto o clima e as caraterísticas do solo são preponderantes (…).
→ Leia o artigo completo na Revista Voz do Campo: edição de janeiro 2024
Autoria: Pedro Aguiar – Responsável de Produção Campo Blue.
