Em Portugal, a produção de pastagens, forragens e pecuária em extensivo tem grande relevância. A qualidade de uma cultura forrageira é um fator de importância porque influencia diretamente o desempenho animal.

Nos sistemas agrários característicos de regiões com clima irregular, como é o clima mediterrânico, que está presente na maioria do território continental português, a produção de pastagens, forragens e pecuária em extensivo tem grande relevância.

A Superfície Agrícola Utilizada de Portugal é maioritariamente ocupada por pastagens permanentes (51,7%), que são a base da alimentação de ruminantes em modo de produção extensiva. Além disso, e segundo o último recenseamento agrícola realizado em 2009 (INE, 2021a), registou-se um aumento do efetivo de bovinos (+10,6%); quase 2/3 deste efetivo é explorado em regime extensivo e 1/3 dos animais estabulados pastoreiam em determinadas épocas do ano; relativamente ao efetivo ovino não se registam alterações significativas; o efetivo caprino decresceu 11,5%, mas os grandes rebanhos, com mais de 500 caprinos, aumentaram em número (+27,6%) e em efetivo (+34,4%). Em 2021, a produção de carne de bovinos, de ovinos e caprinos aumentou 5,3%, 9,3% e 14,8%, 8 respetivamente, em relação a 2020 (INE, 2022). Considerando estes dados, conclui-se que a produção e conservação de forragens de qualidade, enquanto uma das bases de alimentação de ruminantes, fundamental em épocas de menor disponibilidade de erva na pastagem, revela ser, cada vez mais, um componente essencial (…).

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