Paulo Portas marcou presença no Congresso Ibérico do Milho.

Os Agricultores ibéricos e eurodeputados dos dois lados da fronteira estiveram nos dias 21 e 22 de fevereiro reunidos no Altis Grand Hotel Lisboa no âmbito do 3.º Congresso Ibérico do Milho organizado pela Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo (Anpromis) e a Associação Geral dos Produtores de Milho de Espanha (AGPME), com intuito de definir uma estratégia de ação conjunta em defesa desta atividade primordial para a sociedade. Da reflexão destes dois dias poderão sair ideias para os dois países agirem em conjunto em defesa dos problemas que são comuns: preços justos, menos burocracia, medidas agroambientais mais realistas, melhor gestão dos recursos hídricos, entre outras.

Durante a manhã de hoje, Paulo Portas falou sobre a “Geopolítica e as tendências de evolução da agricultura europeia” porque a soberania alimentar da Europa é de extrema relevância e, no que respeita ao milho, a Europa está cada vez mais dependente da importação de países politicamente instáveis. Na sua intervenção, realçou que Portugal tem dois problemas estruturais: a demografia e a água.

No que toca à demografia, Paulo Portas frisou que tendo em conta a idade média dos portugueses e a dificuldade em recrutar pessoas para o trabalho agrícola, “é preciso regular a imigração e não expulsar os imigrantes (…), sem imigração não conseguimos superar a crise demográfica”. Quanto à água, Paulo Portas diz ter noção de que “vamos ter décadas e eras com secas mais severas, com temperaturas mais quentes e com eventos climáticos mais extremos” e o mesmo defende: “Vão ver o exemplo de Israel, saber como é que eles fazem a dessalinização (…) eles são os melhores do mundo da matéria, têm 6% do PIB em pesquisa e desenvolvimento”.

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