Focada em estratégias de produção inovadoras, sustentáveis e capazes de garantir a qualidade das uvas, a FITOSISTEMA apresenta as suas soluções para a vinha.

Cicadelídeo da flavescência dourada

Os cicadelídeos tornaram-se uma praga-chave na vinha. O NATURALIS é um inseticida/acaricida (AV 1183 – Beauveria bassiana estirpe ATCC 74040) autorizado para o controlo do Cicadelídeo da flavescência dourada (Scaphoideus titanus). Deve ser aplicado na presença da praga e/ou nos sintomas desta, à dose de 1 – 1,5L/ha. Os esporos do NATURALIS ao entrarem em contacto com a cutícula das pragas, germinam e formam um apressório que penetra a cutícula dos insetos. Esta é uma ação mecânica e enzimática, com proteínas de degradação. A B. bassiana produz toxinas que alteram o sistema imunológico das pragas, o que facilita a sua invasão, provando a morte dos insetos. Dentro do hospedeiro, este fungo multiplica-se e cresce na hemolinfa do inseto, produzindo novos esporos que saem do hospedeiro e podendo assim parasitar novos insetos.

Ácaros

O NATURALIS também está autorizado para o controlo do aranhiço amarelo na vinha. Deve ser aplicado a 1 – 1,5L/ha, logo na presença da praga. É muito importante assegurar uma boa cobertura do alvo, garantindo um bom volume de calda. Na aplicação deste produto, recomendamos sempre, no mínimo, duas aplicações espaçadas de sete dias. Para o controlo dos ácaros a FITOSISTEMA também recomenda a largada do Amblyseius andersoni. É um predador comum de ácaros tetraniquídeos (Tetranychus sp., Panonychus sp. e Eote-tranychus sp.) mas também de ácaros eriofídios como Vasates sp. e o ácaro-branco (Polyphagotarsonemus latus). Este auxiliar entra em atividade apenas quando as temperaturas estão acima dos 10-12°C, mas, por outro lado, durante a estação quente mantem-se ativo até aos 35-40°C.

Traça-da-uva (Lobesia botrana)

A forma mais viável de controlar a traça-da-uva é feita pelo método da confusão sexual. A FITOSISTEMA recomenda a aplicação dos difusores passivos ISONET LTT. São os mais eficazes, fáceis e rápidos de aplicar, permitem reduzir o número de difusores por hectare, e ao mesmo tempo aumentar a eficiência de trabalho: 1 hora/hectare/trabalhador. Estes difusores possuem uma elevada persistência de ação, graças à forma e cor do difusor ISONET LTT, que liberta continuamente feromona, sob diferentes condições climatéricas. Tendo em conta os objetivos do Pacto Ecológico Europeu, a redução da pegada ambiental e climática e a sustentabilidade competitiva do prado ao prato, recomendamos os difusores Biodegradáveis BIOOtwin L. Estes cumprem a norma europeia EN13432 e, depois de aplicados e servirem o seu propósito, quando deixados no campo, sofrem um processo de biodegradação: numa primeira fase são fragmentados (ação da humidade, do calor e dos microrganismos do solo) e de seguida são compostados (consumidos por microrganismos do solo como fonte de energia e convertidos em dióxido de carbono, água e biomassa). Os difusores BIOOtwin L mostraram a mesma eficácia que os ISONET LTT.

No caso de uma grande pressão da praga, é sempre necessário complementar o método da confusão sexual com a aplicação de inseticidas. A FITOSISTEMA recomenda a aplicação dos larvicidas à base de Bacillus thuringiensis subsp. kurstaki estirpe EG 2348, LEPINOX PLUS (AV 1366 – pó molhável) ou RAPAX AS (AV 1561– suspensão concentrada em água). Não são fotodegradáveis e podem ser aplicados com o pH da água de 6 a 8. São inseticidas sem LMR, sem impacte nos auxiliares ou polinizadores e estão autorizados em Modo Produção Biológico (MPB). No entanto, poderá também optar pelo novo inseticida TECORLA (AV 2147), à base de clorantraniliprol que atua por contacto e ingestão, ou pelo inseticida DELMUR (AV 1305), à base de deltametrina. Estes dois últimos não estão autorizados para o MPB e deverá ler o rótulo para mais recomendações de aplicação.

Cochonilha-algodão

Para o controlo da cochonilha-algodão, a FITOSISTEMA recomenda o controlo biológico com a largada do parasitóide Anagyrus vladimiri, um pequeno himenóptero que parasita as cochonilhas algodão do género Planococcus sp. (P. ficus e P. citri). As fêmeas de Anagyrus vladimiri depositam os seus ovos no interior do segundo ou terceiro estádio da ninfa de cochonilha, mas também nas fêmeas adultas imaturas ou fecundadas. A sua capacidade de procurar hospedeiros é muito elevada, mesmo com baixos níveis de infestação. Para os focos recomendamos o predador Cryptolaemus montrouzieri cujas larvas são predadoras ativas, assim como qualquer adulto de coccinelídeo. As larvas deste auxiliar alcançam os 15mm e estão cobertas por uma cera branca. A uma temperatura de 25°C, uma fêmea adulta pode chegar a viver mais de 60 dias, sendo capaz de depositar mais de 120 ovos.

Oídio

Para o controlo do oídio recomendamos o tratamento com o biofungicida AQ10 (AV 2057), com esporos viáveis de Ampelomyces quisqualis estirpe AQ10, que é um antagonista específico no combate a várias espécies de oídio. Contrariamente ao enxofre, o AQ10 é eficaz a temperaturas abaixo dos 12°C e não provoca fitotoxicidade devido à sua especificidade de ação. O Ampelomyces quisqualis parasita as formas hibernantes do oídio (cleistotecas), reduzindo a quantidade de inóculo durante o inverno. AQ10 é um instrumento fundamental na estratégia de proteção da vinha porque atenua a ocorrência de fenómenos de resistência nos fungos. Tem um modo de ação diferente dos fungicidas normalmente utilizados. Não tem LMR, é seguro para os insetos auxiliares e polinizadores e está autorizado para o MPB.

Míldio

PHYTO SARCAN (AV 1503) é um fungicida sistémico, com base em fosfonato de potássio, que possui atividade preventiva ao metabolizar-se em ácido fosfónico, que aumenta a síntese de fitoalexinas e estimula as defesas naturais das plantas.

Proteção Solar

ROIKAL, o novo caulino calcinado, tem a capacidade de refletir a luz solar e o calor, evitando queimaduras nos frutos. Melhora a resistência das plantas ao stress abiótico e biótico. Após a aplicação do ROIKAL, forma-se na planta uma fina camada esbranquiçada que permite a) proteger as culturas contra a insolação e queimaduras; b) reduzir a evapotranspiração; c) melhorar o uso da água disponível pela planta; d) melhorar a eficiência fotossintética.

Para mais informações consulte o website (www.fitosistema.com) ou contacte por correio eletrónico: fitosistema@fitosistema.com

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