A Associação Portuguesa de Produtores de Plantas e Flores Naturais, detentora da organização da Lusoflora, continua em crescimento e a apoiar os seus associados a ultrapassarem os desafios que enfrentam. Durante a Lusoflora, conversámos com Rui Aguiar, que vê o seu mandato chegar ao fim. Atualmente, o cargo de presidente da APPPFN foi ocupado por Pedro Martins que objetiva reforçar o trabalho desenvolvido pela anterior equipa.

Terminado o seu mandato como presidente da APPPFN, os desafios propostos foram cumpridos?

Rui Aguiar – A sensação que fica é que ficaram coisas por fazer. Queremos fazer sempre mais e nem sempre se consegue. Por um lado, dizer que aumentámos o número de sócios e a Lusoflora também melhorou. As pessoas/empresas procuram cada vez mais a Associação. No entanto, as questões relacionadas com a Xylella fastidiosa, o abate de plantas, indemnizações, ainda não conseguimos respostas por parte das entidades oficiais. Seria bom, poder chegar aqui e dizer: nós conseguimos que os nossos produtores em caso de terem um foco positivo de Xylella fastidiosa fossem indemnizados em conformidade. Mas o que acontece, ainda, é que são os produtores que têm os prejuízos todos.

Portanto, é necessário o apoio das entidades oficiais?

Rui Aguiar – Não pode ser de outra maneira. Temos os nossos negócios e de repente surge um problema e não temos apoios. Por exemplo: no caso de uma empresa com duzentos mil euros de material destruído, se não tiver alguma dimensão, este prejuízo pode inviabilizar a própria empresa. Isto é um grande problema que nos preocupa, que preocupa o setor.

O que mais o marcou no seu mandato que agora chegou ao fim? Quer destacar algum acontecimento?

Rui Aguiar – As conferências “Green Cities”. Estas 3 conferências em anos sucessivos, com temas atuais, excelentes oradores, temas pertinentes e com bastante participação, deram muita visibilidade à Associação. Como vai o setor em termos de mercado?

Rui Aguiar – Cada vez mais forte. Estamos a crescer, continuamos a crescer e queremos crescer mais enquanto número para as exportações. Temos muitas empresas que exportam os seus produtos. Já não é só o mercado nacional. Contudo, precisamos de mais investimento, de novas empresas a apostar nesta atividade e trazer juventude para o setor.

Pedro Martins – Temos uma potencialidade enorme. No entanto, há certos nichos de mercado que neste momento não se encontram atualizados e se não se modernizarem perdem competitividade e tem de haver incentivos para que se modernizem. Estes são produtores que estão no mercado, que têm provas dadas só que não conseguem obter apoios, porque o enquadramento que lhes é dado é obsoleto, não faz sentido, não podemos replicar coisas de outros setores para o setor específico que é a floricultura, por exemplo (…).

→ Leia a entrevista completa na Revista Voz do Campo: edição de março 2024

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