O desenvolvimento de novas formulações com menor concentração de iões de cobre e eficácia semelhante, representam o futuro do controlo de doenças nas vinhas
Um dos principais desafios enfrentados pela viticultura moderna é o controlo de doenças. Duas das principais doenças que afetam a vinha em todo o mundo são a Plasmopara viticola (Míldio) e a Botrytis cinerea (Podridão Cinzenta).
O míldio ocorre principalmente em regiões onde o clima é quente e húmido, durante o crescimento vegetativo da videira. Na maior parte das regiões, o fungo sobrevive ao inverno principalmente sob a forma de esporos nas folhas caídas. No entanto, em regiões com invernos amenos, a sobrevivência do fungo nos rebentos, nas pontas dos rebentos e nas folhas persistentes pode ser mais importante. Quanto à Podridão Cinzenta, aparece antes do amadurecimento dos frutos, após condições prolongadas de calor e humidade causadas pelas frequentes chuvas da primavera.
O cobre tem sido tradicionalmente usado na agricultura como um agente antifúngico, na forma de sais de cobre e muitas vezes causa contaminação ambiental e fitotoxicidade vegetal. Consequentemente, o excesso de cobre pode ser potencialmente tóxico para as plantas, causando fitotoxicidade pela formação de radicais livres. Para evitar estes danos ambientais e vegetais, foram desenvolvidos produtos com uma baixa concentração de cobre metálico, mas com eficiências semelhantes ou superiores aos sais de cobre, para o controlo de doenças.
O Cuperdem é um produto à base de cobre (6%) complexado inteiramente com Ácido Heptaglucónico. O Heptagluconato de cobre é um composto que se caracteriza pela rápida absorção na planta. Isto significa que o seu efeito é interno na planta, ao contrário dos sais de cobre, que têm um efeito superficial.
Para além do seu efeito nutricional, o Cuperdem tem um efeito de biocontrolo sobre vários agentes patogénicos que afetam a cultura da vinha. A elevada concentração temporária de Cu nos tecidos das plantas e o efeito elicitor do Ácido Heptaglucónico do cobre, criam um estado de forte resistência e controlo de várias doenças.
O Cuperdem é um precursor da produção de fitoalexinas que protegem a planta contra algumas doenças fúngicas, como o Míldio (Plasmopara vitícola) e a Podridão Cinzenta (Botrytis cinérea). Este produto ativa a via de defesa dependente do Ácido Salicílico, pois ativa claramente a expressão dos genes PR1 e PR5, qualquer que seja a dose utilizada. As proteínas produzidas por estes genes são consideradas uma parte importante dos mecanismos de interação entre o agente patogénico e o hospedeiro e podem bloquear o desenvolvimento dos fungos, constituindo um marcador de resistência sistémica adquirida.
Vários ensaios oficiais demonstraram a eficácia do Cuperdem no controlo do Míldio (Plasmopara vitícola) e da Podridão Cinzenta (Botrytis cinérea) da vinha, pois tem a capacidade de induzir o sistema de defesa das plantas contra ataques de agentes patogénicos através da ativação, em particular, da via do Ácido Salicílico.
É importante destacar como Cuperdem reduz a incidência de Podridão Cinzenta (Botrytis cinérea) e Míldio (Plasmopara vitícola) na cultura da vinha, utilizando uma concentração muito menor de ião de cobre.
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