O CEPAAL – Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL) levou a cabo a 7ª edição do Congresso Nacional do Azeite, organizado em parceria com a CAP Confederação dos Agricultores de Portugal, com a Cooperativa de Olivicultores de Valpaços e com  a Câmara Municipal de Valpaços, no âmbito da Feira Nacional de Olivicultura – Olivalpaços. A 7ª edição do mais importante fórum nacional de debate e esclarecimento, grande ponto de encontro para os profissionais da área e fonte de partilha de conhecimento, e divulgação de informação sobretudo técnica, que este ano contou com a presença do Ministro da Agricultura e Pescas, mais de 200 profissionais do setor e mais de 20 reputados oradores e especialistas em torno do debate de 3 grandes temas: Olivoturismo/Oleoturismo, uma realidade?; o Preço do Azeite: Mitos e Tabus; e as Alterações Climáticas, o futuro hoje.

José Manuel Fernandes, ministro da Agricultura e Pescas durante o Congresso Nacional do Azeite revelou que o Governo tem como objetivo fomentar produção nacional de azeite e impulsionar diversificação da comercialização a mais e novos mercados.

“O Governo vai avançar com um plano para armazenamento e abastecimento eficiente de água, com uma nova portaria que permite que os agricultores com terrenos inferiores a 10 hectares deixem de estar sujeitos a sanções e regras de condicionalidade e garantir apoio à ação das organizações interprofissionais no contexto da internacionalização”, referiu José Manuel Fernandes, ministro da Agricultura e Pescas.

Presidente do CEPAAL reafirma vitalidade e modernidade daquele que é um dos mais importantes setores económicos portugueses, responsável por exportações no valor de mais de 1.000 Milhões de euros, sublinha papel determinante do Olivoturismo na defesa e valorização do património olivícola português e apela a desbloqueio do papel da Associação Interprofissional da Fileira Oleícola (AIFO).

Durante o Congresso, José Manuel Fernandes, Ministro da Agricultura e Pescas, que felicitou o CEPAAL pela iniciativa que considerou ser decisiva para a união dos vários territórios unidos num único objetivo e reivindicações comuns, revelou que o Governo irá em breve anunciar um plano para o armazenamento e abastecimento eficiente de água, uma medida decisiva para o setor que se tem vindo a debater nos últimos anos com situações de seca e seca extrema no nosso país.

Referindo que Portugal é autossuficiente na produção de azeite, algo que considerou muito relevante no contexto da meta de redução do défice agroalimentar nacional, José Manuel Fernandes, que afiançou que Portugal tem muitos recursos que lhe permitirão acelerar o desenvolvimento rural, disse que o Governo está apostado em fomentar a produção nacional de azeite em impulsionar a diversificação da comercialização a mais e novos mercados, atualmente mais dependentes de outras geografias, sendo que o Compete 2030 deverá também apoiar este desígnio.

Sublinhando os desafios que o setor tem para vencer, o responsável da pasta da Agricultura e Pescas prometeu que o Governo irá desburocratizar e simplificar a atividade agrícola (por exemplo com o pagamento contra fatura e a simplificação dos licenciamentos), e revelou que já esta semana irá  ser publicada uma portaria no âmbito da qual os agricultores com terrenos inferiores a 10 hectares deixarão de estar sujeitos a sanções e regras de condicionalidade.

Aquele responsável, que defendeu que é preciso valorizar e rejuvenescer o setor, garantiu igualmente o apoio do seu Ministério à ação das organizações interprofissionais no contexto da internacionalização e destacou que é preciso aproveitar e valorizar a riqueza da diversidade do território nacional e da mais valia oferecida pela ruralidade.

Presidente do CEPAAL apela a desbloqueio do papel da Associação Interprofissional da Fileira Oleícola (AIFO)

Por seu turno, na sessão de abertura, Gonçalo Morais Tristão, Presidente do CEPAAL revelou que apesar do exponencial aumento do preço do azeite ao longo de 2023, o consumo registou apenas uma quebra de 11% no mercado nacional, a atestar a resiliência do consumidor nacional, que continua a preferir aquela que é a gordura mais saudável para o ser humano na alimentação. Aquele responsável sublinhou igualmente a importância do setor olivícola para a economia nacional, com a produção a quintuplicar desde o ano 2000 e as exportações a aumentarem 12 vezes, ultrapassando a fasquia histórica dos 1.000 Milhões de Euros em 2023.

Referindo as oportunidades e desafios que o setor tem perante si e que estão sobretudo ligados à valorização do património olivícola através do desenvolvimento do Olivoturismo que dada a enorme riqueza e diversidade de paisagens que Portugal possui é um imperativo, ao equilíbrio que é necessário encontrar na equação do preço do azeite, e às alterações Climáticas, Gonçalo Morais Tristão apelou ao governo para que reduza os obstáculos à atividade e ajude a impulsionar uma cultura de excelência do azeite nacional.

O Presidente do CEPAAL lançou um apelo para que o Governo desbloqueie o papel da Associação Interprofissional da Fileira Oleícola (AIFO), de modo a que este organismo possa obter os financiamentos necessários para impulsionar e acelerar a valorização e a promoção do azeite nacional no mundo.

Artigo relacionado:

Olivoturismo, Preço do Azeite e Alterações Climáticas em debate

One thought on “Destaques do 7º Congresso Nacional do Azeite

Comments are closed.