O tema da fertilização é central e fulcral quando falamos em culturas agrícolas no geral. No olival em especial a fertilização deve ser planeada para se orientar para a máxima produtividade, mediante uma utilização racional dos fertilizantes, cujo objetivo passa por corrigir e suprir carências e evitar desequilíbrios nutricionais.

Quando falamos em disponibilidade dos nutrientes do solo, falamos de forma imediata de fatores como o tipo de solo, o estado hídrico, o sistema de rega, as variedades de azeitona, a idade do olival e a técnica de aplicação dos fertilizantes. Existem grandes desequilíbrios entre o vigor vegetativo das plantas e a produção, que resultam em perdas significativas de produtividade. É muito importante o equilíbrio entre os diferentes nutrientes, para que não haja falta nem excesso.

Quando pensamos num plano de fertilização, devemos ter consciência que não existem fórmulas perfeitas, sendo que cada plano difere mediante as características do olival, tipo de solo, idade do olival, possibilidades de rega, tipo de exploração do olival, variedades, entre outros. O importante é o agricultor estar apoiado em análises de solo, análises foliares e sintomatologias para que trace uma solução à medida das suas necessidades.

A fertilização no olival compreende as correções orgânicas e minerais e as adubações. As correções orgânicas têm como objetivo manter e melhorar as características físicas, químicas e biológicas dos solos. As adubações são essenciais para fornecer os nutrientes necessários ao desenvolvimento da cultura. Deste modo a escolha dos corretivos e dos adubos é algo que deve ser ponderado e levado muito a sério.

A importância da matéria orgânica

A oliveira é uma planta muito rústica, daí que se encontre em terrenos de pouca fertilidade, principalmente na região de Trás-os-Montes onde os teores de matéria orgânica, de uma maneira geral são baixos ou muito baixos.

Falamos nesta situação e de uma forma generalizada, da importância da aplicação de estrumes e do uso de fertilizantes orgânicos. Os corretivos e os adubos orgânicos devem ser usados, já que estimulam a atividade biológica do solo, beneficiam as suas propriedades físicas e químicas e libertam nutrientes para as plantas. Produtos como o Eurofertil, o Húmus, o Fertigranu N3 e o Fertimax Cavalo, são já presença assídua no plano de fertilização. O estrume animal, quando bem decomposto/curtido, é uma fonte rica de matéria orgânica para o solo. A sua aplicação adiciona não apenas matéria orgânica, mas também nutrientes essenciais, como o azoto, que as plantas necessitam para crescer saudáveis. No entanto, é crucial garantir que o estrume esteja completamente decomposto antes da aplicação, para evitar a contaminação do solo e a possível proliferação de patogénicos.

Deve ainda referir-se que quando se usam estes produtos a sua aplicação deve ocorrer mais cedo do que se recomenda para os adubos convencionais, já que a sua libertação é mais lenta e gradual.

Fertilização na Instalação

Antes ou aquando da instalação de um olival é essencial fazer uma fertilização de correção de solo tendo em consideração os resultados das análises de solo à parcela. Ao melhorarmos a fertilidade estamos a proporcionar condições favoráveis ao crescimento e desenvolvimento da oliveira. Quando é necessária a aplicação de corretivos orgânicos como o Nutrofertil Húmus ou o Nutrisoil, deve ser dada prioridade aos de origem agropecuária. Sempre que o nível de matéria orgânica seja muito baixo, esta aplicação é de caráter obrigatório. Esta aplicação deve ser feita após a sistematização do terreno, no lanço, incorporando cerca de metade da quantidade recomendada em profundidade e a restante com a regularização do terreno. Quando a mobilização profunda é desaconselhada devemos espalhar os fertilizantes à superfície (…).

Saiba mais em: Nutrofertil

→ Leia o artigo completo na Revista Voz do Campo: edição de agosto/setembro 2024 (especial Olival & Azeite)

Autoria: Nanci Santos, Departamento de Marketing Nutrofertil