Nos últimos anos, o setor olivícola em Portugal teve um crescimento significativo, acompanhando as tendências de modernização e melhoria contínua.

A Fenazeites, Federação Nacional das Cooperativas de Olivicultores, representa 12% da produção nacional de azeite. Patrícia Falcão, secretária-geral da Fenazeites, destaca que o setor cooperativo tem-se esforçado para acompanhar o crescimento da olivicultura em Portugal. “As Cooperativas têm investido na melhoria dos lagares, no design das garrafas, no embalamento e em outros aspetos para garantir a qualidade do nosso azeite”, afirma. Esse esforço é reconhecido internacionalmente, onde os azeites portugueses são distinguidos com prémios em diversos concursos. Para Patrícia Falcão, as cooperativas têm um papel vital na manutenção dos pequenos e médios olivicultores, ajudando-os a ganhar escala e acesso ao mercado. “As cooperativas fixam a população no território rural e têm um trabalho meritório em garantir que esses olivicultores possam competir”, ressalta a secretária-geral da Fenazeites.

Qualidade do azeite português

O azeite português é reconhecido pela sua qualidade superior. “Portugal é o país com a maior percentagem de azeites virgens e extra virgens do mundo. Temos condições ideais para a colheita, o que nos permite colocar os primeiros azeites no hemisfério no mercado”, destaca a secretária-geral. A modernização dos lagares e as práticas eficientes de colheita contribuem para essa excelência.

Um dos grandes desafios para o setor é aumentar a exportação de azeite embalado, reduzindo a venda a granel. “Exportamos muito para países como Espanha e Itália, a granel, onde nosso azeite é depois embalado e vendido a preços mais altos. Precisamos valorizar mais o nosso produto”, defende Patrícia Falcão.

→ Leia este e outros artigos na Revista Voz do Campo: edição de agosto/setembro 2024