O Dia Mundial das Leguminosas é assinalado anualmente a 10 de fevereiro, com o principal intuito de dar a conhecer a importância das leguminosas, e incentivar o seu consumo.

Mais do que uma tendência, quer a ciência, quer a tradição, comprovam que estas têm um valor acrescentado para todos os atores da cadeia de valor, nas várias fases do sistema alimentar (“do prado ao prato”).

São vários os seus contributos para a sustentabilidade ambiental e também para a segurança alimentar e nutricional. Mas serão estas culturas suficientemente rentáveis para que o setor agrícola retome níveis de produção que assegurem o auto-aprovisionamento em Portugal?

A produção de proteína de origem vegetal tem reunido a atenção de um crescente número de agricultores, motivados pela possibilidade de aumentarem as fontes de receita da sua exploração e, irem de encontro às novas políticas agrícolas e tendências de consumo.

Nesse sentido, as leguminosas são um excelente exemplo de fontes de proteína vegetal, com a vantagem de estarem associadas a diversos benefícios ambientais, sociais e nutricionais. Apesar de, principalmente na região Centro/Sul do país, a área dedicada à produção de leguminosas estar a aumentar, as leguminosas em Portugal são produzidas essencialmente para autoconsumo, em explorações agrícolas com pequenas áreas de produção, e/ou para venda posterior em mercados locais (a granel) e de valor acrescentado (produção de novos alimentos e para exportação). Assim, as leguminosas apresentam rendimentos finais pouco expressivos e a cadeia de valor associada é ainda pouco estruturada, diminuindo a atratividade destas culturas para o setor de produção (…).

Autores:
Rosa Moreira, Marta Vasconcelos e Carla Santos
Universidade Católica Portuguesa

→ Leia o artigo completo publicado na edição de fevereiro 2023 da Revista Voz do Campo.

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