Este lamentável facto provocou um significativo e crescente aumento do custo dos factores de produção, com especial destaque para os fertilizantes e para a energia (gasóleo, electricidade e gás), cujo valor mais do que duplicou.

Jorge Neves, presidente da Anpromis

Apesar deste cenário de grande incerteza quanto à evolução dos encargos, os produtores nacionais de milho assumiram a sua responsabilidade e lançaram as sementes à terra semeando uma área semelhante à de 2021. Efectivamente e se por um lado os custos aumentavam de forma descontrolada e não existia qualquer garantia do preço que ia ser pago ao produtor, por outro era imperioso produzir face ao crescente déficit cerealífero do nosso país, cada vez mais dependente do exterior, nomeadamente da Ucrânia.

Por outro lado, as elevadas temperaturas que se fizeram sentir durante toda esta campanha, com especial destaque durante o mês de Julho, teve um forte impacto nesta cultura sobre tudo na altura da polinização, penalizando muito fortemente as produtividades de algumas searas, que sofreram perdas da ordem dos 20 a 30%. A nível nacional e na sequência do levantamento efectuado recentemente pela ANPROMIS, podemos concluir que a campanha agrícola 2022 ficou marcada por uma redução das produtividades que, em termos médios, se situou entre os 5% e os 10% (…).

→ Leia o artigo completo na edição de dezembro de 2022.

Autor:
Jorge Neves
Presidente da ANPROMIS – Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo
* Escrito ao abrigo do anterior AO