A Consultora Espaço visual reformulou o conceito Agromeetings mas manteve a mesma missão: promover o desenvolvimento rural e as agriculturas de Portugal. Agora duas vezes por mês, em janeiro abordou o tema “A vinha e o vinho verde”, com moderação de José Martino, CEO da Espaço Visual. O Agromeetings iniciou com algumas questões do moderador, a que se seguiram as dos participantes.

O convidado deste Agromeetings foi António Sousa, licenciado em enologia pela Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro, que desde 1999 trabalha como consultor em enologia e viticultura em diversas empresas. É também gerente e responsável técnico na AB Valley Wines e na APVV e membro do comité de provas da Comissão de Vitivinicultura da Região dos Vinhos Verdes, entre outras funções.

A primeira questão colocada pelo moderador, José Martino, foi sobre como conseguir sustentabilidade na produção de uva e vinhos? Segundo António Sousa, a região dos vinhos verdes é muito ativa e dinâmica. Nos últimos dez anos a região cresceu cerca de 50% em quantidade de vinho produzido.

Neste momento o vinho verde está com cerca 75/76 milhões de litros de vinho engarrafado. E na campanha de 22 entre vinho branco, tinto, rosado e regional produziu um valor na ordem dos 90 milhões de euros.

Na sua generalidade o vinho verde é engarrafado e esta é também a região com maior número de viticultores apesar de os números terem vindo a cair drasticamente. No entanto, a área manteve-se quase inalterada, aliás até cresceu na ordem de 1,5%/2%, também devido a uma maior profissionalização na produção de uva. Tudo isto que referiu vai ao encontro da sustentabilidade, enquanto forma de maximizar os lucros e recursos tendo em conta toda a questão ambiental e regional do enquadramento da atividade.

Diz António Sousa que se fosse o viticultor e tendo em conta como está a generalidade do mercado, provavelmente produziria três castas brancas e uma tinta, que à partida garantiam alta rentabilidade em termos de vinha, de produção de uva e teriam uma boa aceitação do mercado. No entanto, se pensar como transformador, como alguém que quer um produto diferenciado no mercado provavelmente essas castas são importantes mas serão as menos interessantes porque massificam um pouco mais o que a região faz (…).

→ Leia o artigo completo publicado na edição de fevereiro 2023 da Revista Voz do Campo.

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