A pecuária e os frutos frescos são as áreas de orientação produtiva mais representativas dos Jovens Agricultores, respetivamente 27% (inclui bovinos de carne, pequenos ruminantes e polipecuária) e 18% frutos secos.
‘Os desafios e expetativas da inserção de Jovens Agricultores no setor’. Foi este o tema da mesa-redonda que teve lugar nas IX Jornadas Internacionais de Bovinicultura, da IAAS/ UTAD, no passado mês de março. A Associação dos Jovens Agricultores de Portugal (AJAP) marcou presença e abordou a temática dos Jovens Agricultores no contexto da Bovinicultura.
O tema, caro à AJAP, é de extrema importância, sobretudo pela realidade atual que continua a ser de envelhecimento no setor. Da minha apresentação, destaco, grosso modo, os seguintes dados (fonte PDR 2020, dados de 2021), que são bastante elucidativos do panorama do setor:
• Em Portugal o número de agricultores diminuiu cerca de 40% entre 1999 e 2016;
• Cerca de 52% dos agricultores portugueses têm mais de 65 anos, a percentagem mais alta em toda a EU;
• Cerca de 4% têm menos de 40 anos (Portugal é o segundo país mais velho, com menos de 11 mil profissionais).
A tendência de envelhecimento da população rural em Portugal é, pois, uma das mais expressivas da União Europeia (UE), de acordo com dados do Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral (GPP), a partir do Eurostat.
O envelhecimento da população é muito claro em Portugal, sendo o segundo Estado-membro, a seguir à Espanha, com o maior índice de envelhecimento rural, tendo esta realidade vindo a agravar-se nos últimos anos.
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Autoria:
Jaime Carneiro e Ana Clara
Associação de Jovens Agricultores de Portugal
